SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Na madrugada deste domingo (2), morreu o ex-pugilista Éder Jofre, aos 86 anos. Apelidado de Galo de Ouro, o ex-atleta foi um dos maiores boxeadores da história do Brasil, conquistando três vezes o título mundial na categoria pesos-pena.

O lutador paulista teve quase 20 anos de carreira, entre 1957 e 1976, com impressionantes 75 vitórias em 81 lutas - são ainda quatro empates e apenas duas derrotas. Dos 75 triunfos, 52 foram por nocaute.

O ótimo cartel rendeu a Éder Jofre uma indicação ao Hall da Fama Internacional do Boxe, que fica em Canastota, nos Estados Unidos. Ele é o único brasileiro a ter recebido tal homenagem.

FILME E POLÍTICA

Em 2018, a vida de Éder Jofre foi retratada no filme "10 Segundos para vencer", estrelado por Daniel Oliveira e dirigido por José Alvarenga Junior. A obra conquistou 2 Kikitos no Festival de Gramado de Cinema.

Após o fim da carreira como boxeador, Éder Jofre teve uma longa participação na vida política da cidade de São Paulo, onde ele nasceu. Eleito vereador pela primeira vez em 1982, pelo PDS, ele permaneceu 18 anos no cargo, até 2000.

TREINADO PELO PAI

A escolha de carreira de Éder Jofre teve bastante influência da família. Seu pai era o boxeador argentino José Aristides Jofre, ou "Kid Jofre". São-paulino, Éder Jofre defendeu as cores do time de coração quando era lutador amador. Ele fez a sua estreia como amador no torneio "Forja de Campeões".

Em 1956, ainda como amador, Éder Jofre disputou os Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, na Austrália. Apesar de ser apontado como favorito à medalha, o brasileiro quebrou o nariz durante a preparação para a competição e acabou derrotado nas quartas de final.

VIDA PESSOAL

Éder Jofre foi casado com Maria Aparecida, "Cidinha", por 52 anos. Ela faleceu em 2013. O casal teve dois filhos: Marcel e Andrea.


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