SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Fernando Santos, 68, é o segundo treinador que está há mais tempo à frente de uma das 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo no Qatar. Desde setembro de 2014, ele dirige Portugal --Didier Deschamps, desde julho de 2012 à frente da França, é quem lidera essa lista.

Em quase oito anos de trabalho à frente dos lusos, Santos foi o responsável por levar o país à conquista de seus primeiros títulos com a seleção principal.

O maior deles veio em 2016, quando os portugueses conquistaram a Eurocopa em uma decisão histórica contra a França, definida na prorrogação.

O tempo extra já estava em sua segunda etapa. Portugueses e franceses se arrastavam em campo depois de mais de 105 minutos de batalha. Nenhum gol até a bola chegar a Éder, que recebeu sozinho na entrada da área, limpou a marcação e fez história no Stade de France.

Com um gol de seu então camisa 9, a seleção de Portugal conquistou o primeiro título na elite do futebol mundial, com a vitória por 1 a 0, em Saint-Denis. O título amenizava a frustração vivida em 2004, quando os portugueses perderam em casa a final da Euro diante da Grécia, por 1 a 0.

Já sem esse peso, o plantel comandado por Fernando Santos celebraria outra conquista, em 2018-19, ao ganhar a primeira edição da Nations League, com vitória sobre a Holanda na decisão, por 1 a 0.

As conquistas recentes são reflexos de boas safras que jogadores que surgiram em solo português nos últimos anos. Além do mais famoso deles, Cristiano Ronaldo, a nação viu surgir nomes como Rúben Dias, Nuno Mendes, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, Vitinha, João Félix e Rafael Leão, todos convocados por Fernando Santos para a disputa da Copa do Mundo no Qatar.

Com esse plantel, o treinador está confiante de que chegou a hora de seu país conquistar pela primeira vez o Mundial.

"O que esse time pode dar? Eu vou responder de forma bem simples: é ser campeão do mundo. Eu acredito que isso é possível, os meus jogadores acreditam, então é isso que essa equipe pode dar", disse o comandante logo após revelar sua lista de convocados.

Além dos jovens talentos que compõe o elenco, a presença de Cristiano Ronaldo no time é um dos fatores que dão confiança ao treinador. Mesmo o astro tendo já 37 anos e vivendo um momento ruim com a camisa do Manchester United, no qual não é mais titular absoluto, o técnico acredita que ele poderá ser decisivo na Copa.

"Ele jogou os últimos quatro jogos. Se fosse há um mês, a questão seria diferente. Agora não. O Cristiano, como todos os outros que convoquei, vem com uma fome enorme de mostrar a sua capacidade e de tornar Portugal campeão do mundo. O Cristiano está nesse lote seguramente", comentou Santos.

Será o quinto Mundial de Cristiano Ronaldo. Já Portugal estará em sua sétima aparição no campeonato, a quinta de forma consecutiva.

Até hoje, os lusos nunca conseguiram chegar à decisão. O melhor resultado foi obtido em 1966, na edição realizada na Inglaterra, quando eles terminaram a competição em terceiro.

Em 2006, na Alemanha, chegaram às semifinais, mas acabaram derrotados pelos franceses, por 1 a 0. Na disputa do terceiro lugar, nova derrota, desta vez, para a Alemanha, por 3 a 1.

Na Rússia, em 2018, a queda foi ainda mais precoce. Logo nas oitavas de final, os portugueses viram o sonho acabar diante do Uruguai. A seleção sul-americana venceu por 2 a 1.

De volta à competição no Qatar, os portugueses estão no Grupo H, ao lado de Gana, Uruguai e Coreia do Sul. Com o plantel que Santos levou para o Oriente Médio, os europeus são favoritos a avançar na chave, inclusive com a primeira colocação.

Com uma boa campanha na primeira fase, Portugal poderá ganhar a confiança que precisa para avançar no mata-mata até conquistar seu grande objetivo.


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