DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - O tornozelo de Messi. Messi não apareceu para treinar. Messi estava com os demais jogadores?
A condição física do craque e capitão monopoliza as discussões sobre a Argentina. Em seu último Mundial da carreira (algo que ele confirmou), o camisa 10 assegurou estar bem fisicamente. Não tem nenhum problema, jura. Nada. Zero.
"Sinto-me muito bem. Chego em um grande momento, tanto no pessoal quanto no físico, e não tenho nenhum problema. Escutei que treinei separadamente porque tinha levado uma pancada, mas foi por precaução. Nada de mais", disse, em entrevista na véspera da estreia da Argentina na Copa do Mundo.
Às 13h (de Brasília) desta terça-feira (22), a equipe enfrenta a Arábia Saudita no estádio de Lusail, em Doha, pelo Grupo C.
Nesta segunda-feira (21), ele participou do treino na Universidade do Qatar. Isso, em vez de dissipar as dúvidas, fez com que elas aumentassem. Fotos tiradas de seu pé direito mostraram o tornozelo em um tamanho anormal, parecendo muito inchado.
Messi não foi questionado especificamente sobre o tema. Segundo pessoas da AFA (Associação de Futebol Argentino), o atacante treinou com uma pequena bolsa com gel frio por baixo da meia. A medida seria para evitar inflamação do local.
Na sexta-feira (18), ele havia ficado na academia fazendo exercícios. Treinou sozinho no campo no sábado (19), ao lado de preparador físico.
Nome mais popular do Mundial para o público do Qatar, o craque foi abraçado por dois torcedores que invadiram o campo no amistoso contra os Emirados Árabes Unidos, em Dubai, na semana passada. Não é um cenário novo na vida do jogador. A camisa da Argentina, juntamente com a do Brasil, é a mais usada pelos migrantes que formam a maioria da população do Qatar.
"Que muita gente que não é argentina queira que a equipe seja campeã por minha causa? Sempre disse que sou agradecido pelo carinho que recebi durante toda a minha carreira. Esta é mais uma amostra", afirmou.
Foi uma clássica conferência de imprensa de Messi para a imprensa de seu país. Ele nada disse de relevante e não ouviu nenhuma pergunta difícil.
"Não sei se é o momento mais feliz da minha carreira. Estou com outra idade e mais maduro. Hoje aproveito muito mais tudo isso, antes não pensava no assunto. Às vezes, passavam desapercebidas muitas coisas que aconteciam, e hoje estou mais consciente", explicou.
Ele também comparou o momento atual da seleção de Lionel Scaloni com o vivido pelo time de 2014, dirigido por Alejandro Sabella e vice-campeão mundial. É o período que ele dizia, até pouco tempo atrás, ter sido o seu mais feliz na seleção.
"Não sei se chegamos melhor [do que em 2014], mas está claro que estamos vindo de vitórias, e isso nos tira um peso das costas. As pessoas não estão tão ansiosas e dependentes dos resultados e desfrutam mais da seleção. Este grupo me lembra muito o de 2014, que era muito unido e tinha claro o que tinha de fazer em campo", observou.
A sala onde ocorreu a entrevista ficou abarrotada para os cerca de 15 minutos de presença de Lionel Messi. Ao se levantar para ir embora, ele foi aplaudido por parte dos jornalistas argentinos.
Nesta terça-feira, Scaloni deve ir a campo inicialmente com: Emi Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña; Paredes, De Paul e Mac Allister (Papu Gómez ou Julián Álvarez); Di María, Lautaro Martínez e Lionel Messi.
Do outro lado, a Arábia Saudita, comandada pelo francês Herve Renard, tem como dúvidas o meia Riyadh Sharahili e o zagueiro Hassan Tambakti, que se recuperam de problemas físicos. Uma possível escalação inicial da seleção tem: Al-Owais; Al-Burayk, Al-Amri, Al-Bulahyi e Al-Shahrani; Kanno, Al-Faraj e Al-Malki; Al-Shehri e Al-Daswari; Al-Buraikan.
Estádio: Lusail, em Doha (Qatar)
Horário: Às 7h (de Brasília) desta terça-feira (22)
Árbitro: Slavko Vincic (Eslôvenia)
VAR: Pol van Boekel (Holanda)
Transmissão: Globo, SporTV e Globoplay
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