SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um incidente com o jornalista norte-americano Grant Wahl, que foi barrado na entrada da partida entre EUA e País de Gales por usar uma camiseta de arco-íris, fez a Fifa a reforçar orientação a seguranças para que liberem símbolos LGBTQIA+ nos estádios da Copa-2022. Em contato com a reportagem, a assessoria da entidade admitiu dificuldades na comunicação com os seguranças, disse estar trabalhando para aperfeiçoá-la e reforçou que símbolos de arco-íris estão liberados para os torcedores.

Desde a preparação para Copa, havia controvérsia sobre o que seria permitido em termos de manifestações do público por conta das leis restritivas do Qatar para a comunidade homossexual.

A promessa da Fifa e do Qatar era de uma Copa do Mundo em que todos fossem bem-vindos. Até a abertura do Mundial teve discursos sobre inclusão e aceitação de diferenças.

Apesar disso, a Fifa pressionou seleções europeias para não usarem a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris e o termo love (amor, em inglês). Ameaçados com cartões amarelo para seus capitães, as federações desistiram da ideia - Harry Kane usou na goleada sobre o Irã o modelo padrão da federação internacional de futebol.

No jogo entre EUA e País de Gales, a proibição atingiu o entorno do estádio, algo que não estava previsto. O jornalista norte-americano Grant Wahl foi impedido de entrar com uma camisa que tinha as cores do arco-íris em volta de uma bola de futebol.

Posteriormente, ele explicou que houve um mal entendido e que acabou conseguindo entrar no Estádio Ahmad Bin Ali. De fato, ele estava dentro da arena e conversou com oficiais da Fifa.


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