DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - Com o caráter decisivo da partida entre Argentina e México pelo Grupo C da Copa do Mundo, espalhou-se pelas ruas de Doha, no Qatar, um clima tenso entre torcedores nos dias que antecederam o confronto deste sábado (26), em Lusail, que terminou com vitória dos argentinos por 2 a 0.
Confrontos foram registrados em diferentes pontos, como em estações de metrô. Cenas registradas pelo jornalista mexicano Omar Niño mostram torcedores dos dois países durante uma briga generalizada ocorrida na quinta-feira (24), na saída de uma estação.
"Depois de vários insultos e de uma batalha campal entre um grupo de mexicanos e argentinos, o resultado foi várias pessoas feridas. E no lugar não há autoridades, ambulâncias e nem apoio", escreveu o jornalista em suas redes sociais.
As cenas ligaram um alerta nos organizadores do Mundial. Neste sábado, horas antes da partida, a Fifa solicitou ao governo qatariano um reforço na segurança sob a justificativa de um "alto risco" de confronto entre as torcidas.
Na linha vermelha do metrô de Doha, a principal forma de acesso ao estádio Lusail, argentinos e mexicanos quase entraram em confronto a caminho da arena.
Inicialmente, houve algumas provocações relacionadas a jogadores, como uma música que chama Messi de "pecho-frio", uma expressão utilizada para um time ou atleta sem garra.
O estopim para o tensionamento do clima teria sido uma menção à Guerra das Malvinas feita por um grupo de mexicanos. Para evitar um novo confronto generalizado, porém, os torcedores do México desceram uma estação antes de Lusail.
Já dentro do estádio, a reportagem da Folha presenciou dois torcedores argentinos sendo presos, um deles com o rosto sangrando. Um torcedor mexicano foi levado algemado pelos policiais.
Os argentinos estavam em maioria na arena, mas os mexicanos também marcaram boa presença.
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