DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - O preço da cerveja não parece um obstáculo para a torcida do Brasil no Qatar. Com open bar a R$ 900, os fãs da seleção lotaram um espaço para eventos em Doha, na capital do país, para ter acesso a drinques e petiscos à vontade.

O esquenta organizado pela Torcida Canarinho ocorreu no Salt Water, clube localizado no hotel Rixus Golf, uma acomodação de luxo à beira da praia e com vista para o estádio.

Na porta, a entrada custava R$ 900, mas aqueles que colocaram o nome na lista antecipada pagavam cerca de R$ 750.

O fundador da torcida Daniel Victor Leon, 42, reconhece que o preço do evento é alto. Afirma, porém, que um dos intuitos é romper com a ideia de que estar em um país como o Qatar, mais rígido, é determinante para a forma como o brasileiro irá comemorar o Mundial.

"Vamos fazer tudo igual a gente sempre fez", diz.

A festa é uma preparação para o segundo jogo do Brasil na Copa. A partida ocorre nesta segunda-feira (28) contra Suiça no estádio 974. O número é uma referência ao código internacional do Qatar e à quantidade de contêineres reciclados para a construção da arena. O local, próximo à área portuária de Doha, tem capacidade para cerca de 44 mil pessoas.

Quem foi ao evento podia curtir samba ao vivo desde cedo. Também tinham à cerveja long neck e petiscos, como pipoca, batata frita, mini hambúrgueres e nachos.

A areia e o calor levaram os torcedores a abandonar o tênis e arriscar a tirar a camisa. O evento fechado garantia um espaço seguro em meio às regras rígidas de vestimentas do país, que pedem que o público evite ombros à mostra e use roupas acima do joelho.

O telão permanecia ligado nos jogos dos adversários dos brasileiros na Copa, mas ninguém ligava. O foco era a bebida, a comida e o samba.

No horizonte, era possível ver lanchas, iates e navios no porto, emoldurados pelos prédios de diferentes tamanhos e formatos na região central de Doha.

Assim como no primeiro esquenta, quando os organizadores escolheram outro hotel de luxo ao lado do estádio Lusail para garantir que não se atrasariam para a estreia da seleção na Copa, desta vez o espaço ficava a cerca de 1,5 quilômetro da arena que vai receber a partida desta segunda.

Ficam fora desta partida e de toda a fase de grupos do Mundial o atacante Neymar e o lateral direito Danilo. Ambos se lesionaram no jogo contra a Sérvia na última quinta-feira (24), quando a equipe garantiu a vitória por 2 a 0.

"Se a gente tiver jogo difícil com a Suíça, na segunda fase nós estamos lascados", diz o empresário do setor financeiro André Athie, 35, que aposta em vitória verde-amarela com ao menos três gols da equipe brasileira.


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