DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - A pressão da imprensa e da torcida pelas escalações de Marcus Rashford e Phil Foden deu resultado. Com gols da dupla, a Inglaterra venceu o País de Gales por 3 a 0, nesta terça-feira (29), e ficou com o primeiro lugar do Grupo B da Copa do Mundo.
A seleção vai enfrentar Senegal no próximo domingo (4), no estádio Al Bayt pelas oitavas de final.
A pressão por Foden, que não havia jogado nas duas primeiras rodadas, intensificou-se após a atuação ruim e a falta de criatividade da equipe no empate em 0 a 0 com os norte-americanos. Capaz de atuar em diferentes funções, Foden é peça importante do Manchester City de Pep Guardiola.
Rashford entrou para deixar o ataque mais incisivo e fazer parceria com Harry Kane. Ele havia tido chances nos dois primeiros jogos, mas sempre saindo do banco de reservas. Fez gol na estreia contra o Irã.
Apenas se sofresse uma goleada a Inglaterra, otimista com sua geração que é atual vice da Eurocopa, correria risco de ser eliminada.
A atuação decepcionante de Gareth Bale, astro galês, substituído no intervalo, acabou sendo determinante para selar o destino do país que voltava ao Mundial após 64 anos. Ele não acertou nenhum passe nos primeiros 45 minutos e foi peça nula em campo. A principal alternativa de velocidade, o meia-atacante Daniel James, pouco fez.
Apesar do domínio territorial, a Inglaterra não conseguiu abrir o placar no primeiro tempo.
Isso mudaria aos 5 do 2º tempo quando Rashford, em uma técnica de cobrança de falta que aprendeu com Cristiano Ronaldo, acertou chute no ângulo para anotar o primeiro gol. Gales não tinha mais forças para reagir e a partida se tornou um massacre.
Os gols e as chances se sucederam. Foden ampliou no minuto seguinte e Rashford voltou a marcar aos 23. A goleada poderia ter sido mais ampla. A própria dupla Rashford-Foden perdeu duas grandes oportunidades.
O resultado alivia a situação do técnico Gareth Southgate, acusado de desperdiçar uma das melhores gerações da história do futebol inglês. Isso apesar de ter levado a seleção às semifinais do Mundial de 2018, o melhor resultado da equipe desde 1990, e tê-la colocado em uma inédita decisão de Eurocopa.
O placar serviu também como vingança para os atletas da seleção, irritados com um vídeo postado nas redes sociais em que jogadores galeses comemoram a eliminação do seu rival desta terça na Eurocopa de 2016.
"Nós nunca comemoraríamos a desgraça de outro time", comentou o lateral Luka Shaw.
O único momento que uniu as duas torcidas no estádio Al Rayyan foi quando a imagem do presidente da Fifa, Gianni Infantino, apareceu no telão. Ele recebeu uma vaia estrepitosa.
PAÍS DE GALES
Ward; Williams, Mepham, Rodon e Davies (Joe Morrell); Ampadu, Ramsey e Allen (Rubin Cowill); Bale, James (Harry Wilson) e Moore.
INGLATERRA
Pickford; Walker (Trent Alexander-Arnold), Stones, Maguire e Shaw (Kieran Trippier); Rice (Kalvin Phillips), Henderson e Bellingham; Foden, Rashford (Jack Grealish) e Kane (Kallum Wilson).
Estádio: Al Thumama, em Doha (Qatar)
Quando: Às 16h (de Brasília) desta terça-feira (29)
Árbitro: Slavko Vincic (Eslovênia)
VAR: Marco Friz (Alemanha)
Gols: Marcus Rashford, aos 4' e aos 22' do 2° T, e Phil Foden, aos 6' do 2ºT (Inglaterra).
Cartões amarelos: Aaron Ramsey (Gales)
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