SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Foram necessários três duelos para o Brasil riscar a Suíça da lista de seleções das quais ainda não havia ganhado em Copas. Curiosamente, o gol da vitória por 1 a 0 nesta segunda-feira (28) foi marcado por um dos poucos remanescentes do último encontro entre as equipes.
Casemiro também tinha sido titular no empate em 1 a 1 pela primeira rodada do Mundial de 2018. Um jogo truncado e que marcou a pior estreia brasileira no torneio em 40 anos, ao encerrar uma sequência de nove triunfos consecutivos em partidas inaugurais, desde 1982.
O Brasil teve mais dificuldades para chegar com perigo ao ataque, mas o aproveitamento das jogadas foi melhor. Em 2018, a equipe do técnico Tite tinha finalizado 21 vezes, cinco delas no alvo. Neste ano, chutou 13 bolas para acertar o mesmo número na direção do gol.
Desta vez, foi Casemiro quem tirou um coelho da cartola, ao entrar como elemento surpresa na área para receber passe de Rodrygo e finalizar de primeira.
O mapa das ações do volante mostra que não foi um ato isolado. O camisa 5 teve participação mais ofensiva em relação ao duelo de 2018, posicionado algumas vezes entre as linhas de defesa formadas pelos zagueiros e meias suíços.
Antes do gol, Casemiro já havia aparecido como um armador na jogada que terminou em gol anulado de Vinícius Júnior, por impedimento de Richarlison.
O volante teve mais liberdade para avançar sem se prender tanto à recomposição defensiva, principalmente após a entrada de Bruno Guimarães no lugar de Fred.
Na estreia contra a Sérvia, Casemiro também já tinha se apresentado como opção para finalizar vindo de trás. Acertou o travessão com um chute colocado da entrada da área.
Este foi o primeiro gol do camisa 5 em Copas, em seis partidas até o momento. Apesar da função defensiva, ele terminou a segunda rodada desta edição como maior finalizador do Brasil, empatado com os atacantes Richarlison e Vinícius Júnior, com cinco chutes cada.
Na comparação com 2018, o Brasil teve uma ação ofensiva mais equilibrada, preenchendo mais o ataque pelo lado direito, primeiro com Raphinha e, depois, com Antony. Isso também já tinha sido observado na estreia contra a Sérvia.
A seleção realizou 117 ações pela direita do campo adversário, o equivalente a 31%. No encontro anterior com os suíços, foram apenas 77 (ou 24% do total).
No papel, os sistemas táticos das duas equipes foram parecidos nos dois duelos. A diferença fundamental foi a atuação praticamente perfeita da defesa brasileira.
O time suíço arriscou seis finalizações e não conseguiu acertar nenhuma vez o alvo. Há quatro anos, finalizou as mesmas seis jogadas, mas duas delas na direção da meta.
Além de Casemiro, apenas o goleiro Alisson e o zagueiro Thiago Silva estavam na escalação inicial daquela partida. Gabriel Jesus também participou dos dois confrontos, mas era o titular do ataque na ocasião e, agora, foi acionado saindo do banco aos 28 minutos do segundo tempo.
O atacante Neymar e o lateral-direito Danilo também eram titulares da seleção há quatro anos, mas ficaram fora desta vez, ambos por conta de lesões sofridas na primeira rodada.
Já o time suíço manteve mais a sua base, com ao todo sete atletas que também haviam atuado na Copa passada. Além do goleiro Sommer, foram novamente titulares os zagueiros Schar e Akanji, o lateral-esquerdo Ricardo Rodríguez e o meia Xhaka. No ataque, Seferovic saiu do banco para substituir Embolo, invertendo os papéis de quatro anos atrás.
O gol do Brasil em 2018 foi marcado por Philippe Coutinho, em bonito chute de fora da área, aos 20 minutos do primeiro tempo. O empate saiu pouco depois do intervalo, aos 4 minutos da etapa complementar, em cobrança de escanteio desviada de cabeça por Zuber.
No primeiro encontro em Mundiais, Brasil e Suíça empataram em 2 a 2, em 1950.
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