SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - Muito antes de França e Tunísia se encontrarem pela primeira vez em uma Copa do Mundo, nesta quarta-feira (30), ao meio-dia, o contexto histórico era um prenuncio do que estava por vir. Mais uma vez, a narrativa do colonizador contra o colonizado veio à tona. O hino francês, "A Marselhesa", foi vaiado por alguns tunisianos presentes no Estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan, no Qatar.

As vaias ao hino neste jogo foram até tímidas, se comparadas com um amistoso de 2008, em Paris. Na ocasião, a grande massa da Tunísia presente no estádio não se acanhou. O jogador Hatem Ben Arfa, de ascendência tunisiana, que atuou pela França, foi um dos principais alvos de vaias dos adeptos.

Em um passado não muito distante, a Tunisia era propriedade da França. Somente em 1956, após quatro anos de luta armada, e 75 de colonização -desde 1881-, o pequeno país localizado ao norte da África declarou independência da métropole europeia.

O principal motivo da vaia tunisiana provavelmente vem disso. Além, claro, de esquentar os ânimos para uma verdadeira decisão no Mundial. A Tunísia ainda pode avançar ao mata-mata, mas precisa vencer a já classificada França, e ficar de olho em Austrália e Dinamarca, o outro jogo do Grupo D.

Se os australianos vencerem, a Tunísia está fora. Se houver empate por lá, está classificada. Uma vitória sobre os franceses sobrepõe um triunfo dinamarquês, e também garante o avanço às oitavas, desde que seja por uma diferença maior de gols.

Agora, se pensarmos nas superstições brasileiras, como a popular 'lei do ex', a Tunísia levaria uma vantagem interessante. Dos 26 jogadores convocados por Jalel Kadri, dez nasceram em território francês. Seis começaram como titular e estão em campo.

Por enquanto, um resultado parcial de 0 a 0, deixa a Tunísia na fase de grupos.


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