RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Ao entrar em campo com a camisa de número 24 contra Camarões nesta sexta-feira (2), o zagueiro Bremer quebrou um tabu. Ele é primeiro jogador da seleção brasileira a usar a tal numeração em uma competição oficial e a novidade virou notícia no exterior. Vários sites e jornais da Espanha, Alemanha, Itália, entre outros países, destacaram a decisão da comissão técnica do Brasil, principalmente, na Copa do Mundo do Qatar. O país do Oriente Médio incluem as leis anti-LGBTQIA+.

Assim que soube que seria o 24 da seleção no Qatar, Bremer revelou que não se importava com o número. "O importante é estar aqui neste momento que é um momento inédito", disse antes de começar a competição.

Vale lembrar que o tabu referente a dezena 24 tem origem no Jogo do Bicho, uma loteria popular e ilegal no Brasil, sendo que o veado como o animal da numeração. De forma pejorativa e com a grafia "viado", o termo é associado aos homens gays.

A Copa do Mundo do Qatar é a primeira a permitir que as seleções tenham mais do que 23 convocados --26 podem ser inscritos por cada país. No ano passado, a CBF pode chamar 24 jogadores para a Copa América, mas a entidade pulou do 23, Ederson, para o 25, Douglas Luiz, na listagem. O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT chegou a interpelar judicialmente a confederação, mas a ação não avançou. O Brasil foi o único time da competição a não ter um camisa 24 no torneio.

Muitos torcedores também comentaram sobre o número 24 usado pelo zagueiro da Juventus, da Itália. "Além de craque na zaga, Bremer demonstra personalidade para superar um tabu ao vestir a camisa 24 da seleção", exaltou um internauta. "Gente, agora me toquei que o Brasil tem um camisa 24! O Bremer. Lindo!", vibrou outro seguidor. "Bremer, vai com tudo e mostra o poder do 24!", completou o terceiro.


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