SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O técnico Tite concedeu entrevista coletiva obrigatória na manhã deste domingo (4) para falar da partida das oitavas de final contra a Coreia do Sul, nesta segunda (5), às 16h (de Brasília). Só que o assunto Pelé surgiu entre as questões e impulsionou Galvão Bueno, narrador da TV Globo, a perguntar pela primeira vez a Tite no Qatar e dar um importante bastidores sobre o Rei do Futebol.

"Tive a felicidade de fazer três Copas com o Pelé, e tenho trocado algumas mensagens com a equipe dele. Ele disse que o momento em que se sente melhor é quando assiste aos jogos do Brasil", relatou Galvão antes de emendar sua pergunta ao técnico da seleção. "Neymar estando bem, podemos imaginar, do Casemiro para frente, o time da estreia?", questionou e ouviu um "pode imaginar, sim" de Tite.

Pelé está internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde a última terça-feira (29). Segundo boletim médico ele deu entrada para uma reavaliação da terapia quimioterápica do tumor no colón, identificado em setembro de 2021. De acordo com o hospital, "ele segue em tratamento e o estado de saúde continua estável. Tem tido boa resposta também aos cuidados na infecção respiratória".

Antes da pergunta de Galvão, Tite havia falado sobre Pelé e relembrado o dia em que tremeu para cumprimentar o Rei do Futebol.

"Eu tinha que ter entrado na coletiva falando do Pelé. Vou falar do meu sentimento. Talvez a única pessoa que, talvez, eu tenha tremido presencialmente para cumprimentar. Estou falando de emoção. Estávamos sentados em 2018, está aí o técnico histórico, tiro foto, e eu não quero nem saber disso. Aí me falaram, vai dar um abraço no Pelé. Eu levantei e tremi, cara. Minha mão suou, a pulsação aumentou. Cara, vou ter a oportunidade de cumprimentar a representatividade humana de um cara... Saúde, Pelé. O carinho que posso te dar é transmitido por todos nós", disse o comandante da seleção brasileira.

O auxiliar César Sampaio também falou sobre o Rei, relembrou sua formação no Santos e os contatos com Pelé no clube da Vila Belmiro e na seleção brasileira, quando tinha que orientar o eterno camisa 10 em campo.

"Eu também tive a benção, fui formado no Santos e tive o direcionamento algumas vezes com o Pelé. Minha primeira convocação, tive oportunidade de jogar com o Pelé. Mais do que Tite disse, até me dirigir a ele era dificil: 'cuidado Pelé, toca a bola Pelé'. Pedimos a todos, independentemente da religião, que a gente possa estar orando, rezando, enviando energias positivas. Uma pessoa que influenciou na minha vida como atleta e homem", disse.


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