DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - Neymar fez gol, deu assistência, driblou, correu, sofreu falta, caiu e se levantou. Fez tudo isso sem apresentar qualquer expressão de dor. Jogou por 80 minutos.
Para Tite, foi um alívio tão grande ou até maior do que a vitória tranquila da seleção brasileira sobre a Coreia do Sul, por 4 a 1.
O treinador estava apreensivo com a postura do camisa 10 na partida, a primeira dele na Copa do Mundo desde a lesão no tornozelo direito sofrida na estreia, contra a Sérvia. Ele acabou fora dos jogos contra Suíça e Camarões, pela fase de grupos.
A escalação contra os coreanos era incerta -assim como a própria continuidade do craque no torneio. Havia a possibilidade de o jogador começar a partida no banco de reservas e entrar apenas se fosse necessário.
Desde a contusão, ele fez tratamento em período integral com os médicos e fisioterapeutas da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Como ele treinou sem incômodos nos dois últimos dias, foi escalado titular diante dos asiáticos.
Assim que a bola rolou, a primeira grande expectativa dos torcedores no estádio 974, em Doha, era saber como seriam os primeiros toques dele na bola.
Ele não demorou para mostrar que estava bem. Centralizado em alguns momentos, caindo pela esquerda em outros, o camisa 10 chamou a bola desde o começo do jogo. Tentou dribles, deu arrancadas e, com sete minutos, serviu Vinicius Júnior, que abriu o placar.
Aos 13, foi a vez de ele balançar a rede, em cobrança de pênalti. Com o gol, tornou-se o terceiro brasileiro a deixar sua marca em três edições de Copas do Mundo, depois de Pelé (1958-1962-1966-1970) e Ronaldo (1998-2002-2006).
Neymar fez quatro no Mundial de 2014, no Brasil, e mais dois em 2018, na Rússia. Ao todo, ele soma sete agora.
O Brasil, claramente, tirou o pé no segundo tempo. Talvez por precaução após a onda de lesões que abateram cinco jogadores ao longo da primeira fase (Neymar, Danilo, Alex Sandro, Alex Teles e Gabriel Jesus). Os dois últimos, inclusive, estão fora da competição.
Alex Teles, aliás, estava na arquibancada do estádio 974. O camisa 10 da seleção brasileira foi até ele na comemoração de seu gol para dar carinho ao companheiro de time.
Mas só o primeiro tempo já foi suficiente não só para o Brasil definir a partida como para Neymar mostrar que está pronto para voltar a liderar a seleção em campo.
Ele só foi substituído aos 35 minutos do segundo tempo, à essa altura, por precaução, mesmo com os coreanos não fazendo faltas tão duras na partida.
O próximo desafio do time canarinho, contra a Croácia, pelas quartas de final, deverá oferecer mais dificuldades para o craque. O duelo será na sexta-feira (9), no estádio Cidade da Educação, em Al Rayyan.
Vai ser o maior teste dele nesta Copa do Mundo.
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