LUSAIL, QATAR (FOLHAPRESS) - Capitão da seleção holandesa, Virgil van Dijk, 31, prontificou-se a liderar a equipe na disputa de pênaltis contra a Argentina, que decidiria a passagem para as semifinais da Copa do Qatar.

Ele não está acostumado com a função, mas não teve receio de ser o primeiro a bater. Escolheu um canto, chutou, porém o goleiro Emiliano Martínez defendeu.

"Ele pegou. Bom para ele, ruim para mim, ruim para nós. Estou triste, mas infelizmente essas coisas acontecem na vida. Perdemos alguns pênaltis, é como uma loteria."

A segunda cobrança, de Berghuis, também parou nas mãos do camisa 23 da seleção sul-americana, que ganhou a disputa por 4 a 3.

Van Dijk, que é atleta do Liverpool e considerado um dos melhores zagueiros do mundo, afirmou que foi complicado lidar com a pressão da torcida argentina, em ampla maioria no estádio Lusail, especialmente na hora da cobrança de pênaltis.

"Não conseguimos no treino replicar um estádio lotado, com 80 mil pessoas vaiando você. Apesar da pressão, eu estava pronto, o que não quer dizer que eu me sentisse bem."

O camisa 4 da Holanda enalteceu o poder de reação do time, que perdia por 2 a 0 até os 38 minutos do segundo tempo, mas conseguiu empatar com dois gols do atacante Weghorst.

"Mostramos muita personalidade para reagir nos últimos 15 minutos e levar o jogo para a prorrogação. Depois vieram os pênaltis e não conseguimos concluir nosso trabalho. Mas estou muito orgulhoso de todos."

Quem também deixará o Qatar com a sensação de dever cumprido é o atacante Memphis Depay, 28, que terminou o Mundial com um gol marcado, nas oitavas de final.

"Somos um país pequeno, o estádio hoje estava todo azul e branco [cores da Argentina]. Temos que ficar orgulhosos, pois sempre conseguimos ir longe [nas competições]. Aprenderemos para o futuro com o dia de hoje", declarou o camisa 10, que é jogador do Barcelona.


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