MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) - A infidelidade de Daniel Alves será a base do recurso que o advogado Cristóbal Martell Pérez-Alcalde apresentará à Justiça para que o jogador possa ficar em liberdade durante as investigações da polícia espanhola.

Alves, 39, está preso após ser acusado por uma jovem de 23 anos de tê-la estuprado no banheiro de uma boate de Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro.

Segundo a rede de TV Antena 3, Pérez-Alcalde já escreveu o recurso e acredita que seu cliente pode evitar a prisão. O advogado esteve no presídio por duas horas na manhã desta sexta (27) e teria dito que Alves lhe deu uma versão muito sólida do que aconteceu na boate.

Falando rapidamente à TVE na saída da prisão, o advogado disse que o jogador parecia em estado de choque e que as versões anteriores "deviam ser para ocultar a infidelidade de sua mulher".

Alves teria, segundo a Antena 3, reconhecido "infidelidade, mas não a agressão" e que, por isso, não haveria razões para permanecer preso. Ele não queria que a mulher, a modelo Joana Sanz, soubesse da traição, por isso teria dito que não conhecia a suposta vítima quando foi preso.

Além disso, o advogado proporá medidas cautelares para garantir que Alves não fuja, como o uso de uma pulseira eletrônica, uma fiança elevada e a entrega do passaporte.

A Antena 3 informou ainda que Alves prefere que sua mãe e seu irmão, que estão em Barcelona, não vão para a prisão visitá-lo porque ele não quer ser visto atrás das grades. O jogador está preso desde sexta-feira (20) no centro penitenciário de Brians, na região metropolitana de Barcelona.

Ele divide uma cela com beliche, banheiro e ducha com um rapaz que já foi guarda-costas de Ronaldinho e que está condenado por agressão sexual. Na prisão, ele vem sendo bem tratado por outros detentos, chegando inclusive a dar autógrafos.


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