RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Em noite de competição internacional, dois gringos resolveram a goleada por 5 a 1 do Fluminense sobre o River Plate. Germán Cano aproveitou para definitivamente ser conhecido na Argentina, enquanto Jhon Arias representou tudo aquilo que é o Dinizismo.

A dupla funciona não só separada, mas também junto. Com uma conexão mágica, como eles definem. "A relação é algo inexplicável. Conhecia ele antes de chegar ao Brasil pelo sucesso na Colômbia, mas nunca falamos. Desde o momento que ele chegou, foi algo mágico. Não posso explicar. Estamos muito entrosados. Ele facilita o meu futebol e acho que eu também o dele", disse Arias.

"Cada dia nos entendemos mais, temos grande amizade. Em campo fica muito mais fácil, temos um bom entendimento e creio que encontrei com ele muita conexão dentro e fora de campo, é muito importante. Ele já sabe onde estou, os meus movimentos, é muito importante para cada partida."

CARTÃO DE VISITAS

Antes da Copa do Mundo do Qatar, o debate no Brasil sobre a convocação de Germán Cano pela Argentina ficou forte. No país, no entanto, o nome do jogador pouco foi citado.

Sem fazer muito sucesso no lugar onde nasceu, Cano espera que os três gols sobre o River Plate façam com que os argentinos agora saibam quem ele é. Apesar do sonho, o jogador não considera uma frustração nunca ter sido convocado.

"Acho que sim [argentinos vão saber quem ele é]. Deixamos tudo dentro do campo, fizemos três gols. Acho que agora vão reconhecer um pouco mais", disse Cano sobre o reconhecimento na Argentina.

"Tem que olhar. Faz um tempo. O Cano ainda está com a possibilidade de ir para a Colômbia [risos]. O Germán merece muito. Estamos falando de um cara que tem a capacidade de fazer gols inexplicável. É uma seleção muito boa, foi campeã do mundo, mas torço para ele conseguir realizar o sonho dele", brincou Arias.

APLAUDIDO NO VESTIÁRIO

Jogador silencioso no Fluminense, Jhon Arias poderia ter ficado marcado de forma negativa, mas se reergueu ao longo dos 90 minutos. Depois da falha que resultou no gol do River Plate, ele voltou melhor no segundo tempo e fez dois gols, além de dar uma assistência.

Na volta ao vestiário, Arias foi aplaudido pelos companheiros. "Demonstra o que o Fluminense tem hoje além do time. É um grupo para parabenizar, fenomenal. Não é algo que acontece. Um jogo como foi hoje, o erro que aconteceu. Todos se abalaram, mas chegar no vestiário e todos aplaudirem você acha que todo mundo está maluco. Esse momento é onde você fala que está no lugar certo e eles merecem que eu dê o meu melhor".

"Ele é um jogador de potencial incrível, ninguém sabe ao certo. Está longe do platô dele ainda, tem muita coisa a evoluir, por incrível que pareça. Muito forte, técnico e talentoso, tem um jeito muito particular de jogar. Tem um caminho brilhante pela frente. Arias Acho que ele foi a personificação [do Flu], assim como time. O erro dele é um erro que admito, não censuro. Ele estava tentando ajudar a defesa, De La cruz conseguiu dar um toque na bola. Ele não abaixou a cabeça, até o torcedor entendeu, todo o time colocou ele para cima. Se sentiu abraçado", afirmou Diniz.

"Tem algo que se fala que se chama resiliência. Temos que ter a capacidade de não se abalar no momento ruim. Hoje eu falhei, o cara [De La Cruz] deu sorte no carrinho, poderia sair para qualquer lugar e teve mérito no cruzamento. Eu senti o apoio da torcida e no vestiário. Senti que me abraçaram. Você nunca quer errar. Foi um segundo tempo mágico para mim. Hoje foi uma noite muito marcante para mim", disse Arias.


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