BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Para o ex-presidente do Flamengo e deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), a CPI das Apostas Esportivas deve começar ouvindo os atletas investigados, que, na opinião dele, seria "um bom caminho".

O colegiado deve ser instalado já nesta semana e, a partir daí, os membros irão se reunir para definir a estratégia e um plano de trabalho. O líder do PSB, Felipe Carreras (PE), deve ser o relator.

"É preciso ouvir todo mundo que possa colaborar, mas iniciar os com atletas já investigados me parece um bom caminho", diz.

Segundo ele, pode ser importante ouvir também os dirigentes dos clubes. Como circulam bastante e andam muito com os jogadores, podem ter informações para acrescentar aos trabalhos, avalia.

Pelo requerimento de instalação da CPI, ela deverá funcionar por 120 dias e ter 34 membros.

Na justificativa, Carreras, que também é o autor do pedido, cita operação do Ministério Público de Goiás que investiga grupo especializado em fraudar resultados de jogos da Série B do Campeonato Brasileiro.

"O futebol é uma paixão que mexe com as famílias brasileiras, mas também é uma atividade econômica que gera emprego. Não pode gerar nenhum tipo de desconfiança da credibilidade do esporte, da competitividade", argumenta Bandeira.


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