SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Preso por suspeita de ter atirado a garrafa que matou a palmeirense Gabriella Anelli, Jonathan Messias Santos se declara inocente.

Advogado do flamenguista, José Victor Moraes Barros falou com exclusividade ao UOL. Segundo ele, a defesa vai pedir a revogação da prisão temporária, decretada em 25 de julho. A prisão é válida por 30 dias e pode ser prorrogada. Jonathan passará por audiência de custódia e, depois, será levado para um Centro de Detenção Provisória de São Paulo. De acordo com o Barros, o novo depoimento ainda não foi marcado.

"O Jonathan se declara inocente. Por outro lado estamos ingressando e pedindo acesso à investigação em curso! Com isso a defesa técnica vai requerer a revogação da prisão temporária. O investigado tem intuito de colaborar com as investigações", disse Barros.

ENTENDA O CASO

Jonathan chegou em São Paulo no dia 25.

A Polícia Civil afirma que o torcedor aparece arremessando uma garrafa de vidro em vídeos de uma confusão entre torcedores de Flamengo e Palmeiras antes do jogo entre as duas equipes, em 8 de julho.

As câmeras de segurança e o sistema de biometria facial do Allianz Parque foram importantes para a prisão do suspeito.

Ivalda Aleixo, chefe do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), detalhou como foi possível identificar Jonathan Messias Santos.

"Nós também conseguimos as câmeras internas do Allianz Parque, e foi possível individualizar a conduta, que foi a primeira coisa a ser feita. Foi possível identificar a pessoa, que era um homem com barba. Ele entrou no estádio logo depois e foi feito o reconhecimento facial que tem no Allianz Parque", disse Aleixo.

A confusão que vitimou Gabriella aconteceu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante, no entorno do Allianz Parque. Ela foi atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro em confusão no jogo Palmeiras x Flamengo, dia 8 de julho.

Gabriella foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa. Ela passou por cirurgia, teve duas paradas cardíacas e morreu no dia 10. Leonardo Felipe Xavier Santiago chegou a ser preso dias depois do ocorrido, mas foi liberado após pedido do Ministério Público. O caso, que estava com o Drade (Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva) foi transferido para o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).


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