SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jogadores e a comissão técnica da seleção pré-olímpica de futebol relatam medo durante o terremoto no Marrocos, na noite desta sexta (8), e afirmam terem se refugiado na área da piscina do hotel.
A equipe brasileira está em Fez, a 200 km da capital, Rabat, para dois amistosos com os marroquinos. O primeiro, na quinta (7), terminou em 1 a 0 para os donos da casa. O segundo jogo, marcado para esta segunda (11), está mantido, segundo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
"Estamos todos seguros, mas passamos por uns momentos delicados. Ontem à noite, quando a gente sentiu a cama tremer, uma sensação que eu nunca tinha sentido antes, causou um pouco de pânico. E para os atletas também, que saíram para os corredores", disse o supervisor Lavoisier Freire Martins em um vídeo divulgado pela CBF.
"Ontem a gente sentiu o tremor muito forte. Foi uma sensação terrível", contou o ex-jogador Branco, coordenador-técnico das seleções de base. "Eu já tinha passado por isso outras três vezes, mas ontem foi forte. Aí eu corri para o armário, peguei meu passaporte, meus telefones e saí do quarto correndo."
Toda a comissão brasileira então se concentrou na área da piscina do hotel, que é descoberta.
"A gente ficou aqui na área da piscina, onde é mais aberto, por segurança. Graças a Deus já estamos todos em segurança", disse o meia Paulinho. "A gente fica sentido e presta solidariedade a todo o povo marroquino."
O tremor, o mais grave a atingir o país em 63 anos, matou mil pessoas e deixou mais de 1.200 feridas, em números preliminares. O terremoto ocorreu em Ighil, nas montanhas do Alto Atlas, cerca de 70 quilômetros a sudoeste de Marrakech, a uma profundidade de 18,5 quilômetros, às 23h11 no horário local (19h11 em Brasília).
De acordo com as autoridades, as mortes se concentram nas províncias e municípios de Al Hauz, Marrakech, Uarzazat, Azilal, Chichaoua e Tarudant. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram cenários de devastação.
"Em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, manifestamos nosso apoio aos marroquinos, desejando que possam superar esse momento de tanta dor", afirmou Lavoisier.
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