SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A vitória de João Fonseca no US Open juvenil foi, ao que tudo indica, sua última competição na categoria. O carioca de 17 anos, ainda em festa pela conquista do Grand Slam, decidiu que chegou o momento de completar a transição para os campeonatos do nível profissional.
"Acredito que minha carreira no juvenil acabou", afirmou Fonseca, antes de se juntar ao time do Brasil que fará confronto da Copa Davis com a Dinamarca no próximo final de semana.
O jovem tenista brasileiro disse que a vitória no Grand Slam sobre o norte-americano Learner Tien, resultado que lhe deu a primeira colocação no ranking juvenil, representa a realização de um sonho e aumenta a confiança para dar o passo final na direção do jogo adulto. Ele ocupa atualmente a posição número 656 no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
"Depois que tudo aconteceu, nem acreditei direito. Não tenho nem palavras, estou superemocionado, mas ainda não acabou. Quero mais", disse Fonseca.
A expectativa do garoto, até o torneio nos Estados Unidos, era continuar alternando torneios juvenis e profissionais. Mas o triunfo mudou sua perspectiva.
Agora, para aguentar adversários mais desenvolvidos, estabeleceu como prioridade aprimorar o aspecto físico. Segundo a promessa brasileira, ter ganhado força muscular nos últimos anos já contribui para que ele tenha mais resistência durante as partidas, ajudando também na parte mental do jogo.
Na final do US Open juvenil, jogando contra a torcida que apoiava o tenista da casa, Fonseca chegou a sair atrás, com derrota por 6/4 no primeiro set. Teve, no entanto, força para se recuperar e virar a partida nas parciais seguintes: 6/4 e 6/3.
"Foi uma das partidas mais duras da minha vida, não só pelo fato de ser uma final mas por [Learner Tien] ser um grande jogador".
Com a conquista, Fonseca se tornou o terceiro brasileiro a vencer um Grand Slam juvenil. Thiago Wild venceu o mesmo torneio em 2018, e Tiago Fernandes conquistou o Aberto da Austrália em 2010.
O suíço Roger Federer, ex-número um que se aposentou no fim do ano passado, foi apontado por Fonseca como sua maior inspiração no mundo do tênis, devido ao estilo de jogo e à facilidade com que batia na bolinha.
Em março deste ano, o brasileiro assinou contrato de patrocínio com a marca esportiva On, que tem Federer como um dos sócios. A polonesa Iga Swiatek (número 2 do ranking mundial) e o jovem norte-americano Ben Shelton (19 do mundo) também são patrocinados pela marca.
"Ainda não conheci o Federer, mas sempre foi um ídolo para mim", disse Fonseca, que não descarta, no meio do próximo ano, juntar-se a alguma universidade dos Estados Unidos. Nesse caso, voltaria por alguns meses a enfrentar jovens do esporte universitário antes de trancar sua matrícula ?ele se interessa pela área de negócios e finanças? e dedicar-se exclusivamente ao jogo profissional.
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