SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo concedeu a Leila Pereira, presidente do Palmeiras, medida protetiva contra três integrantes da Mancha Verde após os protestos da organizada ocorridos em junho -na ocasião, membros da torcida foram até a sede da Crefisa e ameaçaram a dirigente.

Jorge Luis Sampaio Santos, Thiago Melo e Felipe de Mattos, presidente e vice-presidentes da Mancha, não podem se aproximar de Leila e tampouco manter contato com a mandatária. A sentença foi assinada pelo juiz Fabrício Reali Zia no dia 22 de agosto.

Os três devem manter uma distância de ao menos 300 metros da presidente do Palmeiras. Se eles infringirem a decisão, poderão ser presos preventivamente.

O protesto feito pela organizada foi transmitido em uma live, fato que, segundo o juiz, promoveu a disseminação de ameaças."O principal representante da torcida palmeirense postou o referido ato em seus perfis e, segundo a vítima utilizou-se do protesto para promover-se", ressaltou Reali.

Em outro trecho da sentença, o juiz diz que Leila é "pessoa pública" e "pode sofrer constrangimentos desnecessários em virtude da exposição de seus dados sensíveis ao público."

O juiz destacou ainda comentários que internautas escreveram: "Tem que meter bala na Leila", "Se me arrumar uma arma, eu mato a Leila", "Vou aparecer nos jornais por ter encomendado a morte da Leila", "Não tem como usar de violência para cobrar a Leila?", "Leila deveria ser espancada com barras de ferro", "Coroa de flores para a Leila" e "Tem que quebrar a sede da Crefisa".

O juiz ainda solicitou dados de 19 perfis (nove no Instagram e dez no Twitter) de pessoas suspeitas de ameaça à Leila. As duas redes sociais foram oficiadas por Reali e esses usuários são investigados.

MANCHA SE MANIFESTA

Jorge Luis Sampaio Santos falou sobre a decisão. Por meio de live, ele disse que a torcida "não está sabendo de nada", mas afirmou que, "se for verdade, nos causa estranheza".

O presidente ainda disse que não houve ameaças contra Leila e que o ato havia sido avisado com as autoridades policiais.

?A gente não está sabendo de nada disso e, se for verdade, nos causa estranheza. A gente não ameaçou em nenhum momento, a gente cobrou melhoria para o elenco. Fizemos na Crefisa e a polícia estava lá, avisamos o choque que ia ter [protesto]. Foi totalmente pacífico?, disse Jorge Luis Sampaio Santos

CREFISA

O ato da Mancha, realizado na sede da Crefisa, tinha como objetivo pressionar a dirigente pela falta de reforços -o Palmeiras não fez contratações na última janela de transferências.

O avião adquirido por Leila também virou alvo das cobranças. A aeronave é um investimento da diretoria para facilitar a logística em viagens da equipe.

Cesar Greco/Palmeiras - Leila, presidente do Palmeiras e o técnico Abel Ferreira

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