SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A catalã Inés Guardiola Sánchez é a nova advogada de Daniel Alves. Ela sucede Cristóbal Martell na defesa do jogador brasileiro, que está preso na Espanha desde janeiro acusado de estupro em Barcelona.

QUEM É A NOVA ADVOGADA

Inés Guardiola é doutora e professora de Direito Penal na Universidade de Barcelona. Ela se formou e obteve mestrado pela Universidade Pompeu Fabra e abriu o seu próprio escritório de advocacia, o Guardiola Penalistas, em 2020.

A advogada fez especialização em Delitos de Violência Doméstica e Direito Penitenciário no ICAB (Colégio de Advocacia de Barcelona). Ela ocupa o cargo de secretária-tesoureira da Comissão de Direito Penitenciário e da Comissão de Drogas da instituição.

Inés Guardiola é considerada referência em casos de agressão sexual, de acordo com o jornal espanhol El Mundo. Ela é a terceira profissional a assumir a defesa do jogador.

A advogada de 41 anos tem perfil reservado e pouco midiático, segundo fontes jurídicas consultadas pelo colunista do UOL Thiago Arantes ?diferentemente de Martell, famoso por ser especialista em fechar acordos e envolvido em casos de repercussão em Barcelona. A atual advogada e o ex-advogado de Daniel Alves já ministram juntos uma aula de Direito Penal Econômico na Universidade Abat Oliba.

Ela está elaborando um acordo com a Justiça da Espanha para reduzir ao máximo a pena do jogador, segundo o jornal El Español. Daniel Alves pode ser condenado de seis a 12 anos de prisão se condenado por estupro.

RELEMBRE O CASO

Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro deste ano, acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona. O crime teria ocorrido em dezembro do ano passado.

O jogador já prestou dois depoimentos à Justiça espanhola, aos quais o UOL teve acesso. O antigo advogado do brasileiro, Cristóbal Martell, entrou com três recursos à prisão, todos negados pela Justiça.

Ester García López, advogada da mulher que acusa Daniel Alves, falou com exclusividade ao UOL em janeiro. Ela disse que a vítima, cujo nome não será divulgado, não quer a indenização à qual terá direito caso o jogador seja condenado. "Quero prisão", teria dito a jovem.


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