RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A festa de torcedores do Boca Juniors na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (2) terminou em pancadaria com a chegada de organizadas do Fluminense. Os dois times se enfrentam no sábado (4) na final da Copa Libertadores, no Maracanã.
Os tricolores chegaram por volta das 17h ao local onde argentinos estenderam bandeiras do clube e cantavam músicas de apoio ao clube. A Polícia Militar, que acompanhava a movimentação dos fãs do Boca, teve que usar gás lacrimogêneo para tentar dispersar a confusão.
A PM ainda não divulgou detalhes da ação. Um homem foi preso após uma perseguição que chegou até o mar de Copacabana. Vídeos nas redes sociais mostram pessoas o chamando de racista, embora não se saiba oficialmente o motivo da prisão.
Os argentinos se concentravam no quiosque Buenos Aires, situado na altura da rua Xavier da Silveira, local que se tornou ponto de encontro dos argentinos na Copa de 2014. Redes sociais das organizadas do Fluminense mostram o grupo caminhando pelas ruas do bairro em direção ao local.
Está previsto para a tarde desta sexta-feira (3) um bandeiraço dos torcedores do Boca Juniors no local.
A Polícia Militar acompanhava o grupo. O governo divulgou na quarta-feira um plano montado para evitar conflitos entre torcedores até domingo (5), um dia após a partida decisiva. Estão escalados para a segurança de torcedores e delegações das equipes 2.400 agentes.
A tensão já havia começado a subir nesta segunda, quando um grupo de torcedores argentinos foi agredido por tricolores na praia de Copacabana, segundo um deles, que publicou uma foto com a cabeça sangrando. "Nos espancaram. Roubaram meu celular. Éramos 30 e vieram com cadeiras à praia para nos atacar", escreveu Pablo Moulia, com quem a Folha não conseguiu contato.
A movimentação, contudo, também tem impacto positivo no turismo da cidade. A ocupação média dos hotéis já chegava a 87,57%, conforme balanço divulgado na terça-feira (31) pelo HotéisRIO (Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro) e pela ABIH RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro).
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