SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando Carlo Ancelotti renovou seu contrato com o Real Madrid, pouco antes da virada do ano, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) perdeu todo o planejamento que havia traçado para a seleção brasileira.
A ideia era contar com o técnico a partir da disputa da Copa América, entre junho e julho, nos Estados Unidos. Embora publicamente o italiano nunca tivesse confirmado a negociação, Ednaldo Rodrigues, enquanto presidente da CBF, assegurava que havia um acordo. Até a chegada dele, Fernando Diniz, que assumiu em julho de 2023, continuaria como tampão.
Ancelotti só admitiu que conversou com Ednaldo depois de renovar com o Real. Nesse meio tempo, viu de longe o afastamento do cartola da CBF, o que certamente pesou em sua decisão de ficar no Real, onde está desde 2021 e se diz "muito feliz".
Sem poder contar com o treinador europeu e como Diniz não decolou com a seleção, acumulando um dos piores retrospectos à frente da equipe, Ednaldo, assim que reassumiu o posto, optou por rasgar o plano inicial e buscar uma solução definitiva imediata e definitiva até a Copa de 2026.
O treinador do São Paulo, Dorival Júnior, é um dos principais cotados para assumir a posição. No posto atual desde abril de 2023, o técnico está em alta no mercado por ter conduzido o time paulista ao seu primeiro título da Copa do Brasil, depois de já ter conquistado o mesmo torneio e a Copa Libertadores no ano anterior pelo Flamengo.
Embora assumir a seleção seja um desejo do treinador do São Paulo, as incertezas sobre os rumos da CBF pesam contra para que ele assuma o desafio neste momento. A decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que reconduziu Ednaldo à presidência da CBF, é em caráter liminar, e precisa ainda ser ratificada pelo plenário do tribunal, o que é esperado para fevereiro.
O nome do português José Mourinho também chegou a ser especulado como um dos possíveis candidatos a assumir a seleção brasileira, mas o treinador da Roma afirmou nesta semana que não foi contatado pela CBF e que, tal como Ancelotti, tem como prioridade renovar seu contrato com a equipe italiana. O que evidencia a atual falta de prestígio da seleção pentacampeã mundial junto aos principais treinadores no exterior.
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