RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Após vídeo divulgado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmando não ter vetado o Maracanã para a semifinal do Campeonato Carioca entre Nova Iguaçu e Vasco, o Cruzmaltino já se organiza para o caso de recuo dos envolvidos e remarcação da partida do Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), para o Mário Filho.

O Vasco reitera o entendimento de que o Maracanã é o melhor palco para a realização da partida. O clube considera, para isso, questões como relevância, logística e segurança. A reportagem apurou que o Cruzmaltino se disponibiliza a colocar sua estrutura à disposição para apoio na operação do jogo.

O prazo limite para alteração do local é até 72 horas antes do jogo. Outra possibilidade é a remarcação da partida para segunda-feira (18), embora essa modificação também tenha que passar pelo crivo das emissoras que detém o direito de transmissão, além de todos os outros envolvidos.

Os ingressos para a partida deste domingo (17) ainda não foram colocados à venda. Tanto Vasco quanto Nova Iguaçu também ainda não divulgaram as informações sobre a comercialização dos bilhetes.

O Nova Iguaçu afirma que solicitou o Maracanã na última segunda-feira (11) e não obteve resposta. E que por conta do tempo hábil, foi orientado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) a optar pelo Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Em nota, a Ferj negou interferência na "opção, escolha e indicação dos estádios". E defendeu o discurso do governador do Rio, Cláudio Castro.

O consórcio, por sua vez, admitiu o pedido do Nova Iguaçu na segunda (11). A nota oficial, porém, alega que a Ferj marcou o jogo para o Raulino de Oliveira antes deles darem uma resposta ao clube da Baixada Fluminense.

No vídeo, Cláudio Castro diz que "o Maracanã está à disposição de qualquer jogo". O governador também nega ter algum tipo de problema com o Vasco.

FRASES NA CAMISA

A reportagem apurou que a frase "Maracanã para Todos" na camisa do Vasco irritou não só Flamengo e Fluminense como também o governador. Ela faz alusão ao nome do consórcio montado pelo Cruzmaltino, junto com as empresas WTorre e Legends, para a disputa da licitação do estádio, onde concorrem com a dupla Fla-Flu e com a Arena 360, de Brasília.

As propostas já foram entregues e o processo licitatório caminha para a 3ª fase. Atualmente, o Rubro-Negro e o Tricolor administram o Maracanã através de um Termo de Permissão de Uso (TPU).

O Nova Iguaçu chegou a receber uma proposta do Mané Garrincha, em Brasília, na semana passada. O clube da Baixada Fluminense, porém, preferiu esperar o resultado do jogo de ida para tomar uma decisão. Neste meio tempo, a administração do estádio fechou com um evento religioso para o mesmo dia da partida.

O Vasco se colocou à disposição do Nova Iguaçu para ajudar juridicamente. A princípio, porém, o clube da Baixada Fluminense não se mostra disposto a comprar essa briga jurídica com a dupla Fla-Flu. Em outras ocasiões, quando o Cruzmaltino era o mandante e teve o Maracanã negado, conseguiu jogar no estádio após judicializar a questão.

Vasco e Nova Iguaçu empataram em 1 a 1, no jogo de ida, no Maracanã. Na ocasião, o estádio recebeu mais de 61 mil pessoas e teve uma renda de mais de R$ 3 milhões.

O time da Baixada joga por um novo empate para ficar com a vaga na final. Ao Cruzmaltino, somente a vitória interessa.

Leandro Amorim / Vasco - Camisa do Vasco gera climão com Maracanã e semifinal tem local indefinido

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