Bambuterapia usa a flexibilidade do bambu como aliada à saúde e ao bem-estar A técnica pode ser associada à ventosaterapia, que consiste na aplicação, por meio de sucção, de ventosas em partes do corpo para liberar líquidos e energia retidos

Aline Furtado
Repórter
10/3/2011

Originada no Nepal e resgatada tempos depois pela França, a bambuterapia utiliza pedaços de bambus, como se fossem rolos, como prolongamentos dos dedos, estimulando gânglios e vasos linfáticos por meio de movimentos lentos e leves.

"A flexibilidade do bambu serve como um aprendizado, já que dele podemos tirar a máxima  'Enverga, mas não quebra', que pode ser levada para nossa vida. As curvas do bambu fazem com que haja uma boa aderência aos contornos do corpo, além de possibilitar que todas as áreas sejam alcançadas. E, por ser um produto natural, não existe contraindicação, além de não haver o problema de ficar frio e causar incômodo durante o inverno", destaca a terapeuta Janice Pizziollo

O método pode ser utilizado com fins de massagem, ativação da circulação sanguínea e linfática, melhoria do funcionamento de órgãos e vísceras, além da redução de edemas e líquidos retidos. Segundo Janice, a bambuterapia pode ser desenvolvida em pessoas de todas as idades, desde que não existam restrições com relação à saúde. "No caso das mulheres, é melhor que o método seja usado a partir da primeira menstruação, na adolescência, já que é quando a retenção de líquidos é maior, a alimentação tende a ser constituída por frituras, refrigerantes e a ingestão de sódio geralmente aumenta."

A terapeuta lembra que a técnica não é recomendada para pessoas que apresentam problemas de saúde, como infecções agudas, hipertensão arterial, neoplasia, trombose, tumores e feridas, além de insuficiência cardíaca. A dica é que antes da massagem com os bambus, a pele deve ser hidratada com creme ou óleo essencial.

Bambuterapia Bambuterapia
Ventosaterapia

Uma técnica que pode ser adicionada como complemento à bambuterapia é a ventosaterapia. O método, criado na China, consiste na utilização de um recipiente de vidro ou acrílico, que é aplicado com o auxílio de uma bomba de sucção apropriada. No local onde a ventosa é aplicada, forma-se uma área de congestão sanguínea. Assim, os efeitos são ocasionados por meio das terminações nervosas e dos vasos sanguíneos presentes na região do corpo.

Entre os benefícios da ventosaterapia estão a eliminação de toxinas e da energia estagnada. Com isso, é possível trabalhar a técnica com intenção de drenagem e de excesso e deficiência energética. Além disso, as ventosas podem ser utilizadas no tratamento de doenças, como dor de cabeça, bronquite, cólica, diarreia, lombalgia, dores nos ombros e nas costas, gripes e resfriados, entre outras.

"Quando usada com fins drenantes e para reduzir a retenção de líquidos, conseguimos bons resultados no que diz respeito ao combate de celulite e gordura localizada", explica Janice. Antes da aplicação das ventosas, deve ser usado creme ou de óleo essencial à base de alecrim, que auxilia no combate à celulite, ou de extrato de ginseng, que tem poder tonificante.

Ventosaterapia Ventosaterapia

A aplicação das ventosas deve ser feita em meridianos específicos do abdômen, das costas e da parte posterior do corpo. Já o deslocamento deve ser feito de forma suave, sempre em direção aos gânglios linfáticos. "Nas pernas, por exemplo, o deslocamento das ventosas deve ser em direção à safena." A terapeuta explica que quanto maior for o grau de energia estagnada no organismo, mais escura será a coloração na área de aplicação da ventosa.

A massagem com auxílio de ventosas aumenta o fluxo linfático, reduz edemas, auxilia na manutenção dos músculos, mobiliza o funcionamento dos órgãos, descongestiona os bloqueios de energia, além de ativar a circulação sanguínea. As contraindicações são as mesmas regras da bambuterapia. Com relação aos resultados, Janice afirma que, com duas sessões por semana, é possível perceber mudanças a partir do primeiro mês de tratamento. Cada sessão tem o custo de R$ 40*.

* Valor pesquisado em março de 2011

Os textos são revisados por Thaísa Hosken