De virada, Tupynambás estreia com vitória no Hexagonal Final da Segunda Divisão Mineira

Matheus Brum Matheus Brum 26/09/2016

Se na primeira fase os torcedores e jogadores estavam acostumados com jogos fáceis e equipes ingênuas, o primeiro desafio no Hexagonal Final da Segundona Mineira mostrou que a partir de agora, “a cobra vai fumar” na competição. Dentro de casa, o Baeta saiu perdendo, mas com um jogador a mais, conseguiu a vitória de virada sobre o Coimbra, com gols de Ademilson e Juninho.

O Leão do Poço Rico começou melhor. O técnico Gérson Evaristo armou a equipe num 4-3-3, com Cassiano e João Willian abertos nas pontas, com movimentação e troca de posições. Juninho, como um clássico camisa 10, ficou responsável por municiar o ataque, que tinha Ademilson de centroavante.

Nos primeiros minutos, essa postura tática funcionou. Cassiano causava um furdúncio na defesa do Coimbra, principalmente quando caia pela esquerda. Dessa forma, o Baeta chegava ao ataque com perigo. Muitas vezes, o camisa 7 era fominha e ao invés de cruzar para Adê, preferia a jogada individual.
Essa superioridade fez o Baeta ter a primeira grande chance no jogo aos 16 minutos do primeiro tempo. Douglas cobrou lateral na grande área, Cassiano casquinhou e Bernardo defendeu, dando rebote. A bola sobrou limpa para João Willian, que tirou do goleiro, mas jogou na trave.

Dois minutos depois, Bernardo vacilou e repôs mal a bola, que caiu nos pés de Juninho. O camisa 10 percebeu o goleiro adiantado e tentou encobrir, mas chutou errado e mandou à esquerda do gol.
A resposta do Coimbra veio aos 21. Em cruzamento na esquerda, Kaká colocou na cabeça de Wellyson, que testou como manda o figurino, de cima pra baixo. A bola foi no canto direito e César operou um milagre, defendendo com a ponta dos dedos.

No minuto seguinte, outra chance da equipe de BH. Bernardo cobrou tiro de meta. A zaga do Tupynambás bateu cabeça e deixou a bola limpa para Kaká, na grande área. O camisa 8 encheu o pé, mas isolou, perdendo a melhor chance de gol da partida até o momento.

Essas oportunidades fizeram os visitantes crescerem na partida. Com uma marcação pressão, o time forçava o erro da zaga do Baeta, que não tinha saída de bola. Na frente, Kaká causava preocupação nos laterais, impedindo-os de subir ao ataque.

A pressão do Coimbra fazia a zaga alirrubra bater cabeça. Em quase todos os lances, Vavá e Thalles iam afobados na bola, causando aflição nos 99 torcedores presentes no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

A combinação da pressão dos visitantes e das falhas defensivas dos mandantes deu resultado no final do primeiro tempo. Aos 43 minutos, a zaga do Tupynambás cochilou mais uma vez. Rodrigo Mucuri foi lançado pela direita. Douglas não acompanhou o camisa 11, que cruzou rasteiro no segundo pau. Kaká, de perna esquerda, mandou no contrapé de César para abrir o placar.

Na volta do intervalo, Gérson Evaristo tirou o inoperante João Willian e fez a estreia de Igor Soares.
Buscando o empate, o Baeta partiu pra cima desde o início da segunda etapa. Essa pressão resultou na expulsão do lateral esquerdo Michael aos 12 minutos. César repôs rápido a bola. Adê casquinhou para Cassiano, que ia ganhando da zaga do Caimbra na velocidade. Quando ia sair cara a cara com Bernardo, o camisa 6 fez a falta, sendo premiado com o cartão vermelho direto.

Na cobrança de falta, próxima a meia lua, Juninho bateu buscando o ângulo direito. O camisa 1 se esticou ao máximo e conseguiu espalmar para escanteio.

No córner, o próprio camisa 10 bateu, no primeiro pau. Caetano desviou, e a bola beijou a trave esquerda. Na sobra, Adê pegou mal e isolou.

Esses lances acordaram o time. Com um a mais o Leão do Poço Rico partiu pra cima. Porém, faltava calibrar o pé na hora das finalizações. Caetano, Cassiano e Igor Soares perderam chances claras de gols.
Da mesma forma que o Coimbra conseguiu abrir o placar através da pressão e da falha da zaga do Tupynambás, o Baeta empatou através da mesma fórmula. Aos 22 minutos, Igor Soares cruzou da esquerda, Adê não dominou e a bola sobrou para Cassiano. O camisa 7 tentou driblar Bernardo. O goleiro desesperou no lance a cometeu pênalti. Na cobrança, o camisa 9, maior artilheiro da história do Municipal, bateu com categoria, no canto direito, sem chances de defesa.

O gol deu gás aos jogadores alvirrubros e desânimo aos atletas do Coimbra. Essa combinação resultou na virada do Baeta aos 25 minutos. Depois de um bate rebate, a bola sobrou para Juninho na intermediária. O camisa 10 pegou de primeira, de perna esquerda e mandou uma bomba indefensável no canto esquerdo de Bernardo.

Na tentativa de mudar o panorama do jogo, Wallace Lemos fez duas substituições. Iuri e índio saíram, para a entrada de Mirrai e Tony, respectivamente.

Mesmo com a vantagem numérica, o Baeta voltou a cometer os mesmos erros da primeira etapa. O time ficou sem saída de bola, abusando da ligação direta, para desespero do treinador Gerson Evaristo. Percebendo a displicência do adversário, o Coimbra foi pra cima.

Aos 37 minutos, a dupla que havia acabado de entrar, quase empatou o jogo. Mirrai lançou Tony no meio da zaga alvirrubra. O camisa 18 dividiu com César e a bola saiu perigosamente à esquerda, para suspiro aliviado dos torcedores.

No banco de reservas, Gérson Evaristo estava louco, entrando em desespero em cada erro. As broncas do treinador fizeram efeito e o Baeta voltou a acordar no final do jogo. Aos 44, Igor Balotelli teve a chance de fechar o caixão. Miguel recuperou bola na ponta direita e cruzou no segundo pau. O camisa 16, sozinho, foi displicente na jogada e mandou por cima. Depois do lance, o atacante pediu desculpas para a torcida, que aplaudiu o jogador.

O resultado colocou o Baeta na vice liderança do Hexagonal Final, atrás apenas do Betinense, que leva vantagem nos critérios de desempate. A próxima partida do Leão do Poço Rico é no próximo sábado, dia 1º, às 16h, no Estádio Municipal Júlio Aguiar, em Patrocínio, contra o Patrocinense.


Ficha Técnica
Gols: Kaká (COI), aos 44 do 1º tempo; Ademilson (TUP), aos 22 do 2º tempo; Juninho (TUP), aos 24 do 2º tempo

Tupynambás: César, Danyllinho, Thales, Vavá (Canário) e Douglas (Igor Balotelli);Caetano, Miguel e Juninho; Cassiano, João Willian (Igor Soares) e Ademilson.

Técnico: Gérson Evaristo

Coimbra: Bernardo; Iuri (Mirrai), Rodrigão, Patrick e Michael; Wellyson, Lucas Pinheiro, Kaká (Dudu) e Allan Patrick; Rodrigo Mucuri e Índio (Tony). Técnico: Wallace Lemos

Arbitragem: Felipe Fernandes de Lima (MG), auxiliado por Fernanda Gomes Antunes (MG) e Samuel Henrique Silva (MG)

Público: 99 (66 presentes)

Desarmes66

Estatísticas
Tupynambás Coimbra
Passes Errados 47 34
Finalizações 16 (7 certas e 9 erradas) 8 (4 certas e 4 erradas)
Faltas Cometidas 18 13
Cartões 2 amarelos 3 (2 amarelos e 1 vermelho)
Lançamentos 34 (10 certos e 24 errados) 30 (15 certos e 15 errados)
Impedimentos 3 2

Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.

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