Primeira análise do Carijó
Neste final de semana, o Tupi empatou em 1 a 1 com o Bangu, no último amistoso antes da estreia no Campeonato Mineiro. Matheus Pato abriu o placar, no primeiro tempo, após assistência de Flávio Caça Rato.
No último minuto da segunda etapa, Dieguinho cometeu pênalti infantil e o alvirrubro carioca empatou. O técnico Éder Bastos escalou o alvinegro com os seguintes jogadores: Gideão; Yago, Elivelton, Edmário e Bruno Santos; Marcel, Juninho, Thiago André, Matheus Pato e Faísca; Flávio Caça Rato.
Basicamente, o treinador aposta em um 4-2-4 moderno. Marcel faz a cabeça de área, com Juninho começando a armação das jogadas no círculo central. Faísca e Thiago André fazem as pontas, com movimentação e jogadas individuais.
Na frente, Matheus Pato e Caça Rato ficam enfiados entre os zagueiros. Em alguns momentos, um dos jogadores, normalmente o CR7, volta para poder ajudar na armação das jogadas.
A tática, ofensivamente é boa, porque traz de volta o 1 contra 1, que o torcedor Carijó há algum tempo não vê em campo. Com quatro jogadores atacando, o Tupi obriga o adversário a recuar com mais jogadores, diminuindo as chances de contra-ataques.
Porém, o lado negativo é justamente a falta de articulação nas jogadas. Se puxarmos o histórico do Juninho com a camisa do Tupynambás no ano passado, veremos que é um atleta inconstante, que não consegue manter uma regularidade em todas as partidas. Outro ponto importante é que o camisa 10 tem uma queda física no segundo tempo, comprometendo seu rendimento. Ou seja, depender apenas do ex-Baeta, pode ser uma tática arriscada.
Mesmo com o apoio de Caça Rato, a armação pode ser um flagelo, uma vez que o atacante não tem como característica o último passe.
Como o Bangu não levou perigo à meta carijó, dificulta a análise do sistema defensivo. O que se pode destacar foi o bom posicionamento da dupla de zaga, que ganhou todas no chão e no alto.
Agora, um ponto é importante destacar. Éder Bastos coloca os pontas para recuar, no momento defensivo. Com isso, Faísca e Thiago André formam uma linha de quatro no meio de campo, ao lado de Juninho e Marcel. A recomposição foi importante para conter o ímpeto do time banguense.
Contudo, a presença de apenas um jogador de marcação me preocupa. Contra times mais habilidosos, isso pode ser um problema. Mesmo com os pontas ajudando, o time perde poder de marcação. Talvez, este seja um ponto que o treinador alvinegro precisará trabalhar.
No mais, foi um bom teste. Ver o Mário Helênio de novo com futebol é empolgante. Agora, é esperar o início do estadual, para termos mais material para analisar o novo Tupi e as opções / esquemas táticos utilizados por Éder.
O Carijó estreia no Campeonato Mineiro, domingo que vem, às 17 horas, contra o Tombense, aqui em Juiz de Fora.
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