Diante do lanterna, Tupi sofre primeira derrota fora de casa na Série C

Matheus Brum Matheus Brum 19/06/2017

O Tupi tinha uma excelente oportunidade de conseguir terminar a sexta rodada no G-4 do Grupo B do Campeonato Brasileiro da Série C. A equipe foi até Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo, enfrentar o Mogi Mirim. Apesar de ser um confronto fora de casa, onde normalmente há mais dificuldade para conseguir um resultado, o alvinegro contava com quatro trunfos que, na teoria, deixava a missão um pouco menos difícil. Primeiro, o retrospecto da equipe juiz-forana jogando longe do Mário Helênio era bom, com dois empates, contra São Bento e Joinville; segundo: o Mogi Mirim era o lanterna do grupo, com apenas 1 ponto conquistado; terceiro: o desempenho do adversário dentro do Estádio Vail Chaves não era dos melhores, um empate e uma derrota; quarto: o Mogi Mirim tem a segunda pior média de público na competição, com 145 pagantes.

Mesmo com todo este cenário, o Tupi voltou a demonstrar uma característica presente na Série B do ano passado: ser um “Robin Hood” do futebol, ganhando os confrontos onde não era favorito e tropeçando naqueles em que tudo conspirava para uma vitória “tranquila”.

O jogo começou frio, com as duas equipes trocando passes no meio de campo, sem criar chances perigosos. A primeira chegada que assustou foi a do Tupi, aos 13 minutos. Lucas foi até a linha de fundo pela direita e cruzou. A bola passou por Andrey e Bruno Santos, que não conseguiram finalizar.

Doze minutos depois, o troco do time mandante. Anderson Rosa cobrou falta da esquerda. A zaga alvinegra falhou no corte e a bola sobrou para Gustavo, que completou para o gol. Porém, a arbitragem marcou impedimento e o tento foi invalidado.

Porém, aos 30, não teve jeito. O mesmo Anderson Rosa cobrou escanteio. O árbitro Edivaldo Elias da Silva viu falta de Rafael Teixeira em Gustavo. Pênalti! Na cobrança, o lateral direito Rodrigo colocou no canto direito, sem chances de defesa para Paulo Henrique.

O gol animou os paulistas, que começaram a jogar mais no ataque. Minutos depois, Paulo Henrique interviu em lance que poderia ser o segundo gol do Mogi. Tatuí rolou para Anderson Rosa. O camisa 11 cruzou rasteiro na área. Antes de Gustavo finalizar em direção ao gol, o arqueiro carijó se antecipou e conseguiu fazer o corte.

O segundo tempo começou como o primeiro: morno. Com a vantagem no placar, o Mogi não se aventurava ao ataque, para não ceder um contra-ataque ao Tupi. Já o alvinegro não conseguia tramar jogadas ofensivas para empatar a peleja.

Tentando mudar o panorama do confronto, o técnico Ailton Ferraz promoveu a estreia de Romarinho, filho do senador e ex-jogador Romário. Mesmo com mais um jogador no ataque, a bola não chegava com qualidade.

Com o jogo passando, o “Fantasma do Mineirão” começou a ir ao campo ofensivo de forma mais atabalhoada, permitindo espaços entre as linhas. Em uma dessas jogadas, o Mogi Mirim “matou” o jogo. Galego recebeu em velocidade na esquerda e deu um toque sutil para fazer o segundo dos mandantes.
Antes do término do confronto, o zagueiro Edmário foi expulso ao fazer falta em Anderson Rosa. Ele e o volante Marcel, que recebeu o terceiro cartão amarelo, estão fora do próximo jogo, contra o Botafogo-SP, líder do grupo, sábado, às 20 horas, no Estádio Municipal Radialista Márcio Helênio.

Ficha Técnica – Mogi Mirim 2 vs 0 Tupi

Gols: Rodrigo (MOG), aos 31’ do 1º tempo; Galego (MOG), aos 39’ do 2º tempo;

Mogi Mirim: Maringá, Rodrigo, Emerson, Vinícius e Ewerton; Moradei (Lucas Garcia), Régis, Vitinho e Tatuí (Galego); Gustavo (Lessinho) e Anderson Rosa. Técnico: Marcelo Veiga

Tupi: Paulo Henrique, Patrick, Fernando, Edmário e Lucas (Marcinho); Bonilha, Marcel, Bruno Santos e Diego Luís (Flávio Carvalho); Andrey e Rafael Teixeira (Romarinho). Técnico: Aílton Ferraz

Arbitragem: Edivaldo Elias da Silva (PR), auxiliado por Diego Grubba (PR) e Diogo Morais (PR)

Público e Renda: 101 pagantes / R$1.755.

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