Deixem o Vinícius Júnior em paz!

Matheus Brum Matheus Brum 5/03/2018

Fala companheiros (as) de Coluna do Flamengo. É incrível como o sucesso gera inveja, ou, nos dias modernos, o famoso recalque. É inacreditável o que os antis têm falado do Vinícius Júnior. A expulsão (completamente) equivocada no clássico contra o Botafogo mostrou, mais uma vez, o quanto nossos rivais são pequenos.

Desde que o garoto subiu aos profissionais, virou assuntos nas mesas de bar, grupos de WhatsApp e programas esportivos. Depois da venda ao Real Madrid, na maior transferência da história do futebol brasileiro... pronto! É VJR pra lá, VJR pra cá. Todos querem ser profetas ao falar se o camisa 20 vai dar certo ou não na ida à Europa. De Robinho à Negueba 2.0 não faltam adjetivos e premonições do que acontecerá com o jovem atacante.

Mas, vale lembrar que Vinícius tem apenas 17 anos. Não completou nem um ano nos profissionais do Flamengo. Ou seja, qualquer análise é uma mera hipótese. Tanto é que na última semana saiu uma estatística mostrando que os números do rubro-negro, nesta altura da carreira, são melhores que o de Neymar quando surgiu no Santos. O que isso significa? Absolutamente nada. Mostra apenas que o garoto tem conseguido cumprir com a expectativa criada pela torcida (que pede mais oportunidades para ele) e pela comissão técnica.

Espanta-me ver torcedores de times rivais questionarem o futebol do garoto. Mais impressionante ainda é vê-los criticarem mais do que nós flamenguistas. A ousadia era tanta que o compararam com Paulinho, outro grande expoente dessa nova safra do futebol brasileiro. Qual o sentido disso? Inveja, com certeza.
Com pouco mais de seis meses no time de cima, Vinícius já foi alvo duas vezes de ataques racistas pela torcida do Botafogo; foi “ameaçado” por um ex-presidente do Foguinho; foi taxado de antiprofissional por causa do “chororô”; foi comparado com Paulinho, e foi ridicularizado pelo valor da venda ao clube espanhol (como se fosse culpa dele).

Dentro de campo é cobrado como se fosse o principal jogador do Mais Querido, aquele que precisa resolver uma partida. Não lembro desse comportamento das torcidas cariocas com Neymar, por exemplo, quando ele subiu aos profissionais do Santos, com a mesma badalação que a nossa jovem promessa.

Tudo isso indica que o nosso sucesso incomoda os rivais. Já disse em colunas anteriores que estamos anos-luz à frente dos outros clubes cariocas. E a tendência é essa distância aumentar cada vez mais. Eles batem no VJR justamente por ser a personificação do que nenhum deles tem: talento, organização e visibilidade.

O dinheiro da venda do atacante é suficiente para pagar boa parte das dívidas de Fluminense, Vasco e Botafogo. No entanto, eles não conseguem produzir jogadores talentosos (salvo algumas exceções). Por quê? Porque não dispõem de boas administrações, de estrutura e de paciência para poder colocar o jovem talento no momento certo entre os titulares. Por isso, eles queimam vários “prodígios”. Por isso, querem desqualificar Vinícius Júnior. Por isso, pedimos: deixem nosso garoto brincar!!! Acima de rubro-negro ele é uma promessa do futebol brasileiro. O sucesso dele é um sucesso do nosso país, de uma nova geração que pode trazer alegria para o nosso futebol. O sucesso dele é a manutenção de uma das poucas coisas que sobraram da escola brasileira: a irreverência, a qualidade técnica, o drible e o amor à camisa.


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