Os EUA na Libertadores

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Os EUA na Libertadores
Matheus Brum 29/06/2015

Os EUA na Libertadores

Na década de 1970, o futebol dos Estados Unidos tentou se desenvolver ao trazer jogadores de nível internacional, como Pelé, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, entre outros. Porém, a ideia não deu muito certa, e o "soccer" foi deixado de lado até a Copa do Mundo de 1994, quando foi "plantada a sementinha" da popularização do esporte no país. Uma das promessas de campanha dos americanos era que se o país fosse eleito sede do torneio, iria haver a criação de uma liga profissional reconhecida pela Fifa. A MLS, Major League Soccer, foi fundada no final de 1993, e o primeiro campeonato, em 1996.

Em 2006, foi criada a "Designated Player Law", lei do jogador designado, que permite que qualquer equipe da liga possa ter no seu elenco até três jogadores acima do teto salarial, que hoje é US$387,5 mil por ano, ou US$ 32 mil por mês. Por conta da lei, o Los Angeles Galaxy, trouxe David Beckham, em 2007. Depois do inglês, vieram outros grandes jogadores, como Rafa Márquez, Thierry Henry, entre outros.

Atualmente a liga continua se desenvolvendo, e tem nos seus times jogadores importantes do futebol mundial, como Kaká, Robbie Keane, Donovan, David Villa, entre outros. Além deles, outros jogadores já estão acertados, como Pirlo, Gerrard e Lampard, e outros podem chegar no futuro, como Ronaldinho.

Devido ao crescimento da MLS, que hoje possui uma média de público acima do Campeonato Brasileiro, seria importante a participação de algumas equipes na Libertadores da América. Tal situação já acontece com times mexicanos, que todo ano disputam a competição sul-americana, e em alguns casos, dão muito trabalho, como o Tigres vem fazendo nessa temporada.

Imagina você, torcedor de Flamengo, Vasco, São Paulo, Corintihians, Atlético, Cruzeiro, ou de qualquer outra equipe, indo ao estádio e tendo a oportunidade de ver Kaká, Lampard, Gerrard, Pirlo e companhia limitada? Isso não só agregaria valor para o nosso torneio continental, como também traria visibilidade para o futebol estadunidense, que vem investindo pesado ao longo dos anos. O coro pela participação dessas equipes vêm aumentando a cada ano, e com a crescente no poderio técnico, pode ser possível em curto prazo.

Para um plano futuro, poderia se pensar numa unificação entre Conmebol e Concacaf, criando uma única entidade que iria gerir todo o futebol na América. Poderíamos ter uma Libertadores mais forte, mais organizada, com mais dinheiro e com mais visibilidade. Não acha que os torcedores do Chelsea não iam querer matar saudade de Lampard? Ou os do Liverpool de ver o Gerrard? A ausência desses times mostra completamente a falta de tato dos dirigentes sul-americanos, que não pensam em formas para expandir, técnica e economicamente, nossos campeonatos. Na chegada de Kaká, ao Orlando City, foi dito que um dos objetivos é fazer a equipe participar da Libertadores. Tomara que esse coro vire uma grande iniciativa, e que os amantes do futebol na América do Sul possam ter a oportunidade de se deliciar com grandes jogadores do futebol mundial desfilando seu talento nos campos do continente, já que os atletas que estão aqui, estão deixando muito a desejar.

Outros destaques

1º - Como havia dito há duas semanas atrás, a Seleção Brasileira iria passar sufoco nessa Copa América. Mais uma vez caiu diante do Paraguai nas quartas-de-final e na cobrança dos pênaltis. Time começou bem, mas acabou recuando quando abriu o placar, aos quinze minutos do primeiro tempo, com Robinho. Não tem como uma equipe ganhar a partida, deixando o adversário ficar com a bola durante setenta e cinco minutos. Mais um vexame para a conta da Seleção mais vezes campeã do Mundo. Pena que mais uma vez nada irá acontecer para melhorar nosso futebol.

2º - Nelsinho Piquet foi campeão pela primeira vez da Fómula E e faz história. Desde o tricampeonato de Ayrton Senna em 1991, que um piloto brasileiro não vence um campeonato organizado pela FIA.