Renata Cristina
*colaboração
16/07/05
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Durante o período de 17 a 31 de julho, mais de 50
concertos, com entrada franca, serão a grande atração do 16º Festival Internacional de
Música Colonial Brasileira e Música Antiga.
No ano passado, foram trinta apresentações em teatros, igrejas, agências bancárias, sem contar os
concertos públicos, em praças e ruas. De acordo com o vice-presidente do
Pró-música, Júlio César Santos (foto abaixo), a demanda do público foi o principal
fator para o aumento do número de concertos. "Nosso objetivo é ampliar a
participação e promover, de fato, um encontro entre a música erudita
e a população. Será uma overdose de concertos", brinca.
CD Duplo
Programação
Já no dia 19, a cidade recebe a orquestra de Câmara Bachiana Chamber,
de São Paulo, que homenageia Villa-Lobos, autor das Bachianas Brasileiras, e
a Sebastian Bach. Outra apresentação marcante, será a da Orquetra Jovem
do Estado de São Paulo, no dia 26, às 20h30, também no Central.
A regência será dos maestros João Maurício Galindo e Luiz Fernando
Marchetti.
Confira a programação cultural completa:
Juiz de Fora irá se transformar, mais uma vez, em palco do maior encontro
de músicos de toda a região, do país, e porque não do mundo! Afinal, a
cidade fica repleta de turistas e nomes de destaque da música, vindo de
todas as partes.
Além de Juiz de Fora, as cidades de Tiradentes, Matias Barbosa, Ouro
Branco
(MG) e Rio de Janeiro entram no circuito musical. Diferentemente de outras
edições, Santos explica que o intercâmbio entre as cidades, desta vez, foi
solicitado. "Antes tínhamos que pedir para a cidade participar do
Festival. Hoje, recebemos convites", comenta.
Outras atrações de destaque, são as oficinas oferecidas por professores com
experiência internacional. O coordenador de vozes, Homero Magalhães
Filho (foto ao lado), que participa há mais de dez anos do encontro e foi o primeiro
professor de flauta doce do Pró-Música, pretende montar a
peça Charpentier - A negação de São Pedro. Já o coordenador de
cordas, Paulo Bosísio (foto abaixo), pretende inovar com o ciclo de palestras sobre
o reconhecido violonista Max Rostal. "Faremos uma homenagem aos cem
anos de nascimento desse mestre do violino".
Para Bosísio, a expectativa é de que as oficinas tenham um elevado
nível técnico, já que contarão com a presença de integrantes de orquestras sinfônicas, como a
de Brasília, e membros da Camerata de Curitiba e do Teatro Municipal do Rio
de Janeiro. "Os profissionais têm interesse em se atualizar, aprender novas
técnicas. Todos os participantes sabem que o Festival é superior em
qualidade e quantidade", pondera.
Flauta doce, cravo, traverso, alaúde, oboé
barroco, trompa barroca, violino, violoncelo e tantos outros instrumentos
desconhecidos pelos leigos serão os protagonistas da festa. E foi em uma
apresentação do Festival que o estudante Luiz Fernando (foto ao lado) se
interessou pelo contra-baixo. "Estudo música há cinco anos, mas fui estimulado a
aprender um novo instrumento durante o Festival do ano passado", recorda.
A tradição de registrar a história da música barroca barsileira e européia
permanece na 16ª edição do Festival, só que neste ano em dose dupla.
Pela primeira vez, o CD será duplo, com a gravação da Missa em Fá Maior, do
brasileiro Lobo de Mesquita, homenageado pelo seu centenário de
morte, e ainda Lês Elemens, de Jean Fery Rebel e Cantata BWV
66, de Bach.
A largada será dada pela Camerata Petrobrás Pró-Música, no dia 17 de
julho, às 20h30, no Cine-Theatro Central e só terá encerramento no dia 31.
No segundo dia do evento, a Orquestra Barroca do Festival mostra em
primeira mão o resultado do CD duplo, gravado por 27 músicos vindos de
várias partes do mundo, sob regência do violinista barroco Luís Otávio
Santos.
*Renata Cristina é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF