Nome do Colunista Matheus Brum 8/08/2016

Saldo do primeiro turno

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Com o início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Campeonato Brasileiro da Série B fez uma pequena pausa entre o final do primeiro turno e início do segundo. Esse período sem jogos é de extrema importância para o Tupi, que segue na sua luta contra o rebaixamento.

A primeira metade do campeonato foi muito mais de decepção do que de felicidade. Depois de uma goleada sobre o Paysandu, na terceira rodada, “o bolo desandou”, e a situação na tabela foi ficando cada vez pior. Drubscky caiu, para a chegada de Estevam Soares. O atual treinador conseguiu melhorar o desempenho do time, mas nada que empolgasse. Além de todas as dificuldades já esperadas, a falta de sorte foi um fator determinante para o melancólico 18º lugar ao fim das dezenove primeiras partidas.

A pergunta que fica é: “O que Estevam Soares tem que fazer nesse período sem partidas? ”

1º - Melhorar a preparação física: Antes de se preocupar com tática e jogadas ensaiadas, a comissão técnica precisa igualar fisicamente os jogadores. É perceptível que nos finais dos jogos, o time sente muito a parte física. Esse é um dos fatores para a grande quantidade de gols sofridos no último quarto dos jogos.

Muitos jogadores chegaram no decorrer da competição, o que prejudica ainda mais a preparação física. Como muitos estavam sem atuar nas suas equipes, o ritmo de jogo estava abaixo do normal, prejudicando ainda mais o acerto atlético dos carijós.

2º - Melhorar a transição ofensiva: Estevam tenta manter o 4-2-3-1 como padrão de jogo. Porém, ainda não encontrou o melhor encaixe entre os atletas, que muitas vezes se perdem na partida. Jonathan tem demonstrado um crescimento enorme, só que não possui um preparo psicológico para lidar com as situações de adversidade, tendo sido expulso duas vezes. Kiss é um jogador fundamental. Sua velocidade quebra as linhas defensivas dos adversários, abrindo espaços para os atacantes alvinegros. Mas, com a ausência de Henrique, tem sido improvisado na lateral direita.

Otávio ainda não mostrou a que veio. Muitas vezes se desliga do jogo e comete erros bobos. Em alguns momentos, tem dificuldade de posicionamento, não sabendo o melhor lugar no campo para desenvolver o jogo.

fotoA organização da trinca de articulação é um fator determinante para o time conseguir fazer gols. As críticas ao Giancarlo são grandes, e a maioria, pertinentes. Contudo, é preciso fazer uma ressalva. Em muitos momentos, ele jogava por apenas uma bola, tendo participação zero no ataque carijó. Mesmo ainda não tendo encontrado o padrão perfeito na armação das jogadas, as bolas têm chegado com mais frequência, e o centroavante tem conseguido fazer boas partidas.

3º - Dar mais consistência defensiva: Renan Teixeira foi uma excelente aquisição. Com uma liderança nata, assumiu a braçadeira de capitão com a saída de Jataí, e se tornou indispensável para o meio de campo carijó. Com bom posicionamento, tem sido o responsável pelo primeiro combate, dando mais segurança aos zagueiros. O problema é que a zaga não tem conseguido passar essa tranquilidade para o torcedor. Rodolfo Mol constantemente falha, sendo perseguido pela torcida, que não tolera seus erros. Só que essa atitude, completamente compreensível, mina a (pouca) confiança do jogador.

A chegada de Thiago Sales pode ser a solução imediata desse problema. Outra alternativa é torcer para a pronta recuperação de Bruno Costa, para que ele retorne à quarta zaga e dê mais segurança para a defesa.
Os desafios são intensos, e o treinador sabe disso. Basta colocar todos os problemas no campo, treinar, e buscar os resultados no campo. As batalhas do primeiro turno acabaram, mas a guerra para permanecer na Segunda Divisão ainda continua.

Outros destaques

- O multicampeão do tênis de mesa paralímpico, Alexandre Ank, venceu mais uma competição de corrida de rua. O atletam que resolveu abraçar o novo esporte para conseguir novos patrocinadores e também melhorar seu lado físico, disputou nesse final de semana a corrida Doutores do Amor, onde terminou em primeiro lugar geral e primeiro lugar paralímpico.


Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.

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