::: 15/07/2003
Nas revistas especializadas em RH, dicas profissionais e carreiras verificamos uma supervaloriza??o de diplomas de certas institui?es de ensino superior ou de p?s-gradua??o. Algumas j? publicaram textos onde os diplomas fora desses centros de forma??o s?o taxados de "inexpressivos" ou "sem valor". Com isto, algumas universidades s?o o "sonho de consumo" de muitas pessoas. Por?m, para a grande maioria ? um sonho muito distante. Frente a esta realidade o que nos resta fazer?
A discrep?ncia na qualidade de ensino gerou centros de excel?ncia que hoje atraem milhares de vestibulandos. Eles est?o em busca de um diploma que praticamente j? vem com um "contrato de trabalho", um "vale emprego". Institui?es p?blicas e particulares tem alcan?ado um elevado n?vel de reconhecimento gra?as a planejamento, investimento e compet?ncia associados. Chegar a este ponto n?o ? f?cil. ? algo que se constr?i lentamente e que agrega valor ?queles que l? se titulam. Mas o que resta aos pobres mortais que n?o conseguiram, por falta de preparo adequado ou mesmo condi?es financeiras, alcan?ar estes centros? ?queles que n?o podem, pelos mais diversos motivos, custear uma gradua??o, especializa??o, mestrado ou doutorado com conceito A? Desistir de melhorar sua forma??o e/ou titula??o? Claro que n?o.
Tenho sempre para mim que entre o ideal inating?vel e o poss?vel, devemos ficar com o poss?vel. At? porque, o valor do seu diploma est? em voc?. Ou ser? que institui?es sem fama e status n?o formam profissionais com excel?ncia tamb?m? Formam, sim. Em menor escala do que as famosas, mas formam. A grande diferen?a est? no n?mero, na porcentagem de formandos com conte?do, alguma experi?ncia, pensamento cr?tico e poder de realiza??o que se formam em cada uma destas escolas.
O fato se deve a algumas diferen?as significativas. Citarei a que considero mais relevante. Nas faculdades renomadas o grau de exig?ncia ? muito maior do que naquelas de pouca tradi??o. Com isto, ? menor a probabilidade de se dar um t?tulo a algu?m que n?o tenha adquirido conhecimentos razo?veis durante sua forma??o. Para sair com o "canudo" debaixo do bra?o ? preciso um bom investimento de tempo e dedica??o aos estudos. O mesmo n?o ocorre em outros centros formadores. Em alguns deles passam todos e aprende quem quer. O n?vel de exig?ncia menor permite a diploma??o de profissionais com med?ocres n?veis de conhecimento e sem experi?ncia alguma, o que acaba denegrindo ainda mais a institui??o. Por?m gostaria de destacar o termo "aprende quem quer".
? isto mesmo. Muitas destas faculdades sem o reconhecimento regional, nacional ou mesmo internacional (USP, Unicamp e FGV, entre outras poucas, possuem reconhecimento, em algumas ?reas de forma??o, fora de nossas fronteiras) possuem adequada infraestrutura. Comportam bons laborat?rios, boas bibliotecas e corpo docente com profissionais de ?tima qualidade. Contudo, quest?es institucionais levam a uma cultura que fragiliza o resultado final da forma??o oferecida. Resultado: aqueles que realmente querem aprender e lutam, isto mesmo t?m que lutar, aprendem tanto quanto nos grandes centros - ou mesmo mais. Se voc? quiser fazer valer ? poss?vel, tang?vel e fact?vel. O valor est? em voc?.
? fato tamb?m que o reconhecimento ? mais lento. Mas acontece. Com bases nada cient?ficas, recorrendo ao "chut?metro", digamos que em cada cem formandos de uma institui??o com excel?ncia ter?amos a propor??o entre excelentes/bons/regulares/ruins na medida de 15/50/20/15 respectivamente. A propor??o para uma institui??o "comum" seria de 3/17/45/35. Sei que os dados s?o inconsistentes. ? fruto de observa??o como palestrante e professor em diversos cursos de aperfei?oamento. Tamb?m sei que existem institui?es e institui?es. Mas considero o "chute" bastante razo?vel para a m?dia geral. ? evidente que com isso algu?m que possua o certificado de uma institui??o TOP tenha mais credibilidade ou obtenha reconhecimento mais rapidamente. As portas se abrem com mais facilidade. Mesmo assim, o mercado se abre para aqueles que t?m excel?ncia (leia mais). Isto depende de voc?. Do comprometimento com sua forma??o e seu futuro.
Corra atr?s, mas acredite que poder? passar ? frente. "Alugue" seu professor. Aproveite e crie oportunidades de praticar (Mas voc? tem experi?ncia?). Escarafunche a biblioteca e a internet. Questione, leia muito, mas muito mesmo. V? al?m do que a sua faculdade lhe oferece. Na verdade ela te oferece bem mais do que ? anunciado. Nem mesmo a institui??o sabe disto. Cabe a voc? descobrir, usar e abusar. Nunca se contente apenas com as aulas. A maioria dos professores, ou pelo menos os bons professores, gostam de ser desafiados. Acredite no seu poder de fazer acontecer. Caso contr?rio, nem mesmo em um grande centro formador voc? ter? bons resultados. N?o seja apenas mais um. Mas isto, depende mais de voc? do que de sua escola ou professor.
Se puder se formar em uma das 10 melhores Universidades do pa?s, ou mesmo quem sabe em Sorbone, Harvard ou Cambridge, parab?ns, aproveite ao m?ximo. Mas se n?o pode lembre-se bem: o valor do seu diploma est? em voc?. As oportunidades de aprendizagem, os recursos (professores e laborat?rios) est?o ao seu alcance e disposi??o. N?o espere. Fa?a melhorar!
Eduardo Santos ? psic?logo e consultor
formado pelo
Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora
e P?s-Graduado em Consultoria em RH.
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para o consultor Eduardo Santos.
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