C?zar

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Zagueiro C?zar fala a sua vers?o Dirigente, treinador e jogador rebatem as cr?ticas e terminam com pol?mica

Guilherme Oliveira
Colabora??o*
26/04/2007

O Campeonato Mineiro acabou para o Tupi, o feito que poderia ser comemorado com a quarta coloca??o no Estadual foi at? certo ponto abafado pelo "motim", declara?es de jogadores, dirigentes e a insatisfa??o da torcida, que n?o aceitou esse clima num momento importante para o Clube.

Quase uma semana depois da "reuni?o", o rebuli?o parecia ter acabado. Por?m, o zagueiro C?zar, considerado, por muitos, como o piv? da "crise" antes da partida contra o Cruzeiro, procurou a imprensa para contar a sua vers?o sobre a greve dos jogadores, caso n?o recebessem valor da premia??o pela passagem ? semifinal da competi??o.

No apart-hotel onde estava hospedado at? a manh? desta quinta-feira, dia 26 de abril, ele desmentiu as declara?es do ent?o diretor de futebol do Tupi Alem?o que disse que ele e mais quatro jogadores haviam se recusado a viajar para Belo Horizonte.

"O Alem?o falou na entrevista, sexta feira, que alguns jogadores se recusaram a viajar para o jogo contra o Cruzeiro e isso foi mentira. Todo grupo voltou atr?s, eu n?o tinha mesmo como viajar porque estava suspenso. Mas s? que ele n?o quis que Samuel, Chic?o, Felipe, por serem do Tita, e Juninho viajassem. Por que ent?o ele aceitou os outros jogadores que disputaram o m?dulo II e n?o os que o Tita trouxe?", questiona.

Contactado por nosso equipe, o diretor, Alem?o, por telefone, respondeu aos argumentos do zagueiro: "Eu chamei todos para conversar, todos tiveram a mesma oportunidade. Chamei o grupo que n?o quis viajar por tr?s vezes, mas eles estavam irredut?veis. Quando eles viram que todos tinham voltado atr?s e que haviam perdido o controle, eles falaram que viajariam. Reuniram os cinco no vesti?rio para dizer "se o restante for, n?s tamb?m vamos", por?m com as recusas anteriores j? hav?amos fechado o grupo", explicou o dirigente.


Na entrevista, que durou cerca de 50 minutos, C?zar tamb?m comentou sobre o poss?vel "racha" que havia no grupo. "O grupo tinha divis?o, principalmente depois que o ex-treinador foi embora. Ent?o ficou ainda mais n?tido. Jogadores do Tupi, do Alem?o e do Tita".

Desaven?as
O jogador criticou a postura de alguns do elenco por n?o terem feito o que combinaram e disse que n?o voltaria a atuar somente com um jogador: o meia Gilson. "Quando Tita saiu ele deu declara?es no jornal que o treinador nos privilegiava. Isso ? mentira, n?s ?ramos os mais cobrados", diz.

O meia G?lson (foto) n?o quis comentar muito as declara?es do jogador. "Ele foi infeliz. O problema ? que sobrou para ele e agora ele quer descontar nos outros". J?, o diretor Alem?o ironizou: "? melhor ele perguntar quem gostaria de jogar com ele".

Na entrevista, C?zar elogiou o trabalho do treinador Z? Luiz mas disse que o mesmo sofria interfer?ncia no trabalho. "Ele tinha o trabalho interferido, eu sentia isso. Ele est? come?ando, ? uma pessoa de boa conduta, digna, mas deixou se influenciar pelo Alem?o".

O treinador que levou o Tupi ? primeira divis?o e classificou o alvinegro para as semifinais do Estadual disse que "o zagueiro tomou outra atitude infeliz".

"Nunca ningu?m interferiu no meu trabalho. Consegui levar o Tupi a semifinal com ?tica, profissionalismo e ele quer ofuscar o meu trabalho. Coloquei ele como capit?o, o Alem?o quis renovar o contrato dele, isso mostra que n?o tinha nada a ver ele ser jogador do ex treinador. Ele deve estar sendo influenciado por algumas pessoas. Ele n?o ? essa pessoa e se ele n?o tivesse feito tudo isso poder?amos estar na final".

Sobre as declara?es que ele seria o "piv?" das desaven?as, C?zar se defendeu e disse que sempre honrou a camisa do Tupi e que s? se arrepende de ter tomado ? frente dos jogadores na reuni?o que cobraram o pagamento da premia??o. "Fui um dos jogadores que mais jogou, joguei machucado, tomava anestesia no dedo para jogar, estou com calo e n?o tinha condi?es. Fiz isso porque queria ajudar, tenho certeza que ajudei, sai com a cabe?a erguida".

"O m?dico do clube C?zar Esteves confirmou, por telefone, as declara?es do jogador, mas deixou claro que com os tratamentos o zagueiro tinha condi?es de atuar. "Ele realmente se queixava de dores. Mas os tratamentos possibilitaram que ele atuasse, como foi o que aconteceu".

*Guilherme Oliveira ? estudante de Comunica??o Social da Universidade Federal de Juiz de Fora