Aparelho pode evitar queima de eletro-eletr?nicos em ?poca de chuvas
JF ? a 10? cidade em incid?ncia de raios em MG. Queima de aparelhos j? gerou, por exemplo, preju?zo de R$ 15 mil ? Cesama

S?lvia Zoche
Rep?rter
30/03/05

O empres?rio Jo?o Paulo de Sousa Rocha explica como funciona o protetor que impede que danos sejam causados por raios. Ou?a!

Ou?a!

Foto: ACESSA.com Juiz de Fora ? a d?cima cidade em incid?ncia de raios no ranking estadual, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Por conta disso, alguns aparelhos eletro-eletr?nicos s?o danificados devido ?s descargas atmosf?ricas. "A Cesama j? perdeu mais de R$ 15 mil com a queima de aparelhos que faziam o monitoramento dos reservat?rios da cidade", comenta o empres?rio, Jo?o Paulo Sousa Rocha - um dos respons?veis pela elabora??o de um aparelho contra as danifica?es de raios. Ele afirma que os protetores da Cemig nem sempre ag?entam os n?veis altos de tens?o gerados pela natureza.

Jo?o Paulo explica ainda que n?o ? sempre que o raio consegue espalhar toda a sua tens?o sob o solo. "Isso ? respons?vel por surtos eletromagn?ticos, que criam outros surtos na rede el?trica", o que pode acarretar a queima de aparelhos eletr?nicos.

Para minimizar o problema, j? existem protetores que podem ser instalados na ?rea em que se deseja resguardar, como resid?ncias e empresas. O protetor deve ser colocado o mais pr?ximo poss?vel do disjuntor, que atua automaticamente, desligando um circuito el?trico toda vez que ocorre sobrecarga de corrente na rede. Mas Jo?o Paulo lembra que esses protetores que existem no mercado ainda deixam brechas e os eletr?nicos continuam sofrendo com a passagem de altas tens?es provocadas pelos raios".

Tentando a solu??o
Foto: ACESSA.com Foi a partir da necessidade de cria??o de um aparelho mais eficiente, que atendesse todos os pr?-requisitos, que a empresa incubada no Centro Regional de Inova??o e Transfer?ncia de Tecnologia (Critt), por solicita??o da Cesama, come?ou o estudo de um protetor com o efeito desejado. "Como o controle das esta?es ? feito por equipamento eletro-eletr?nicos, era s? chegar o ver?o que a maioria da instala?es queimavam. A Cesama at? usava um protetor, mas estava instalado de forma incorreta", diz.

Foi realizada uma vasta pesquisa em todos os reservat?rios, que ficam no alto dos morros, portanto, mais vulner?veis aos raios. As hastes de aterramento, por exemplo, n?o estavam bem instaladas, e este ? um ponto primordial para melhorar o desempenho do protetor.

A montagem
Foto: ACESSA.com Analisando as necessidades do cliente, os t?cnicos viram que seria preciso montar protetores com tr?s est?gios (foto ao lado, da esquerda para direita).

O primeiro ? o que d? suporte na dissipa??o da energia, mas a tens?o ainda se mant?m alta. Por isso, ao lado, vem o segundo est?gio, para filtrar uma poss?vel tens?o acima do normal. O terceiro est?gio ? para impedir que passe qualquer resqu?cio de voltagem al?m do normal.

Al?m de protetores para aparelhos eletr?nicos, existe um aparelho espec?fico, com est?gio ?nico, para proteger linha telef?nica (foto ? esquerda, abaixo) e outro para prote??o para linhas de sinal e controle (foto ? direita, abaixo).

Foto: Lupa Tecnologia e Sistemas
Ltda Foto: Lupa Tecnologia e Sistemas
Ltda
O valor de cada protetor sai, em m?dia, R$ 130. "Depende do que o local precisa. Depois que ganhamos a licita??o, a Cesama adquiriu cem lotes com seis caixinhas de protetores. Nesse caso, compensou a m?o-de-obra", explica.

Vale a pena instalar em resid?ncias?
A falta de aterramento em resid?ncias complica a instala??o de um equipamento de prote??o. Normalmente, as casas n?o possuem aterramento necess?rio. Al?m disso, o aparelho da empresa incubada ? um pouco maior do que os existentes e n?o cabe dentro da caixa em que fica o disjuntor. "Os gastos ser?o maiores. A pessoa ter? que pagar um eletricista para colocar as hastes de aterramento, de prefer?ncia, bem pr?ximo ? casa. Vai ter que fazer um buraco na parede ao lado do disjuntor para colocar o protetor. ? muita m?o-de-obra e n?o compensa para n?s colocarmos uma ou duas caixinhas. Por isso, preferimos clientes que sejam grandes empresas, porque facilita o trabalho", explica.