Juiz de Fora é a terceira cidade do Estado no ranking de consumo O estudo demonstra que participação da mulher no mercado de trabalho é motivo para mudança de foco dos gastos

Aline Furtado
Repórter
15/10/2010
Cheques, notas e cartão

Juiz de Fora é a terceira cidade de Minas Gerais no ranking de consumo, ficando atrás de Belo Horizonte e Uberlândia. Em relação a todo o país, ocupa a 33ª colocação. Os dados são referentes à pesquisa IPC Maps 2010, que tem como objetivo traçar o potencial de consumo dos brasileiros. 

O estudo revela que grande parte dos gastos da população da cidade é para o pagamento de prestações de carnês e para itens da construção civil, reforma e aquisição de imóvel. De acordo com o diretor da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, os gastos estão enquadrados dentro do item "Outras Despesas" e apontam mudança no potencial de consumo dos juizforanos.

Tradicionalmente, o item com maior peso no orçamento da população de Juiz de Fora era referente à moradia, ou "Manutenção do Lar". A compra de produtos destinados à alimentação no domicílio perdeu participação, na cidade, entre os anos de 2009 e 2010. Segundo Pazzini, a redução pode ser explicada por uma série de fatores. "O primeiro deles seria o fato de as mulheres estarem trabalhando fora. Outro é em função da perda de força desta categoria no orçamento doméstico, além do aumento da renda da população e da manutenção dos preços de produtos destinados à alimentação."

O item "Alimentação fora de casa" teve participação aumentada entre 2009 e 2010, o que confirma a efetiva participação das mulheres no mercado de trabalho. Outra categoria que apresentou maior valor de potencial de consumo foi "Gastos com Veículo Próprio", que envolve, além da manutenção, a compra do veículo.



Com relação à saúde, o valor apresentado em 2010 é superior a 2009 quanto à aquisição de medicamentos. Ainda em se tratando da saúde, a categoria "Outras Despesas com Saúde", que engloba pagamentos de convênios médicos, tratamentos dentários, consultas médicas e exames, dentre outras, também apresentou aumento nos últimos tempos. "A explicação está no envelhecimento da população, que passa a demandar mais cuidados, destinando parte de seus rendimentos para compra de medicamentos."

Segundo Pazzini, os dados locais refletem os resultados encontrados no âmbito nacional. "As principais variações verificadas no país são referentes aos gastos com a saúde, alimentação fora do lar e veículos próprios, o que sugere que Juiz de Fora segue a tendência de mudanças."

Gráfico comparativo

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Os textos são revisados por Thaísa Hosken