Juiz-foranos têm dificuldade em encontrar roupas GGA cidade conta com aproximadamente dez lojas especializadas em tamanhos grandes. Tendência é de aumento na segmentação do mercado de moda
Repórter
3/8/2011

Pessoas altas ou que estão acima do peso podem ter dificuldades para encontrar peças em tamanhos grandes e extragrande em Juiz de Fora. Segundo informações do sócio-proprietário de uma loja especializada em roupas com tamanhos maiores, Diovane Lorenzeto, a cidade conta com, no máximo, oito lojas de roupas femininas GG e XG.
"Se pensarmos em moda masculina especializada, há, em Juiz de Fora, apenas duas lojas." Para ele, a tendência é que o mercado se segmente cada vez mais, já que pesquisas revelam que no prazo de dez anos, 65% da população estará obesa.
De acordo com Lorenzeto, a procura é grande pelas peças grandes, mas as tendências da moda esbarram na resistência ao preço. "São roupas de alto valor agregado, confeccionadas em moldes diferenciados. Com isso, é preciso mais matéria-prima devido à necessidade de adequar detalhes e proporções, como na altura do busto, da cintura e do quadril." Ele destaca que a confecção de uma blusa para uma mulher magra é feita com o uso de 300 gramas de malha, já uma mulher que tem manequim entre 48 e 52, demanda 600 gramas da mesma malha.
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Outro ponto que provoca o aumento do valor das peças de tamanho maior é a demanda por mão de obra especializada. "Confeccionar peças em tamanho único é uma coisa. Criar para pessoas altas e gordinhas é bem diferente." A estudante Rita Maria Fernandes destaca que a segmentação é importante porque, além da dificuldade de encontrar peças em lojas não especializadas, há facilidade de comprar peças que seguem a moda.
"Tempos atrás, gordinhos deveriam se vestir com uma roupa que parecia uma túnica. Hoje é possível encontrar peças diferenciadas, como bolero, saias e coletes, que se adequam ao nosso corpo." Para a bombeira militar Rita de Cássia dos Santos, que já usou manequins grandes, a dificuldade de encontrar peças adequadas sempre foi grande. "Não é em qualquer lugar, em qualquer shopping, que encontramos peças GG e XG. Com isso, acabava comprando sempre no mesmo lugar, que era uma loja especializada."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken