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Os céticos acreditam na tal mera coincidência. Afinal, a idéia de que não temos o comando do nosso próprio destino dá arrepios e mostra que somos mesmo muito pequenos. Eu não sou cética. Também tenho mil experiências e, particularmente, acredito que tudo o que vivemos está documentado no livro da nossa vida. Psicanálise, espiritismo, sincronicidade, astrologia, alma gêmea, sinas do além... São tantas visões até bem particulares que tentam explicar esses acasos que a gente acaba se agarrando numa delas para tentar entender os "inexplicáveis" que acontecem com a gente.
Foi o que fiz. Há uns meses, eu perdi uma pessoa muito especial. Era um cara excelente, um ótimo profissional, um amigo inacreditavelmente generoso. Estava no auge da carreira e começando uma família. Nós dois tínhamos planos profissionais juntos, além de sermos muito, muito companheiros um do outro. No dia em que ele morreu, foi um tremendo choque. Para mim, Deus foi totalmente "sem noção" de levar um cara tão bacana, tão especial quanto o Antônio Marcos. Com 31 anos, deixou a esposa com um bebê de poucos meses. Cara, como assim?! Não tinha motivo, não tinha sentido, não tinha razão. Mas uma coisa foi determinante nisso para mim: na semana que tudo aconteceu, eu não estava na cidade. Não vi velório, não vi enterro, não vi o susto do acontecimento que abalou a cidade inteira. Deus, o até então "sem noção" da história, me poupou e me tirou de perto do que seria o momento mais maluco e deprimente de toda minha vida. Será que isso também não seria uma peça do destino?
Bom, se o que acontece com a gente está ou não escrito nas estrelas, ninguém realmente tem certeza. Mas o conforto de saber que as coisas, quando tem que acontecer, acontecem mesmo, acaba nos confortando. Essas coisas são pra se compreender sem explicar. Isso se chama fé. E, como já cantou o ministro, ela não costuma falhar!
Em tempo: Por via das dúvidas, passe mais tempo com quem você gosta, confie nos seus instintos e nos avisos inesperados, pratique seus desejos sem culpa. Hoje o tempo voa, amor... Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.
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Andréia Barros é jornalista
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