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Saber combinar a harmonização de vinho e prato perfeitamente nunca foi uma obrigatoriedade e, rodar a baiana, às vezes, pode até ser chique. Quem não tem os livros de Glória Kalil na cabeceira pode ficar despreocupado.
Os mais radicais até acreditam ser frescura, mas a etiqueta existe para a boa convivência em grupo e se aprende observando, praticando e abusando do bom senso.
Embora algumas coisas pareçam óbvias, muita gente, que tem tudo pra acertar, acaba tropeçando na educação. Outro dia, eu estava em um restaurante com um grupo de colegas e presenciei uma avalanche de mau gosto. Alguém tinha acabado de saborear um pedaço de carne - daquelas desfiadinhas - e resolveu usar o paliteiro ali mesmo.
Foi desastroso o movimento
inacabável da carninha com a língua, em uma briga sem vencedores.
Então, depois de umas e outras cervejas, ah... a vontade incessante da
maioria fumante presente no recinto.
A fumaça insuportável me resultou numa rinite alérgica que eu não tinha desde quando estava no meu último emprego onde, em plena conjugação de carpete e ar condicionado, ninguém respeitava ninguém quando o assunto era o maldito cigarro.
Para finalizar minha noite de infelicidade, uma professora da faculdade, de quem até gosto muito, me disse alegre: "Andréia, vem neném por aí?" Foi demais. Meus amigos disseram que ser chamada de gordinha foi o que me revoltou. Pode até ser, mas há de se concordar comigo que educação é bom e todo mundo gosta.
Em tempo: palitar os dentes é um ato que deve ser feito no banheiro, quando estiver sozinho e, de preferência, de costas para o espelho de tão feio que é. Antes de acender um cigarro, não custa perguntar a quem está do lado se incomoda. E, por fim, inverno é assim mesmo, a estação é deliciosa - todo mundo come mais do que deve e, às vezes, a gente acaba ganhando uns quilinhos.
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Andréia Barros é jornalista
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