Rela??o conflituosa Ci?me ? apontado como principal causa dos conflitos entre noras e suas sogras
*Colabora??o
22/04/2008
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A palavra "sogra" carrega um peso enorme. Quando o relacionamento come?a a ficar mais s?rio, eis que surge o grande temor da maioria das mulheres: conhecer a m?e do ser amado. Esse dia parece uma tortura porque todo mundo j? conhece o estigma da sogra que odeia a nora, que quer competir com ela, mostrar que ? melhor em tudo, inclusive como m?e.
Mas essa situa??o parece estar tomando outras configura?es. Saber cativar a amizade da sogra e manter a autenticidade s?o o grande segredo para
que essa rela??o seja harmoniosa, saud?vel e at? prazerosa. Sogras e noras podem,sim,
serem amigas, parceiras e se relacionarem como m?e e filha de verdade. A dona de
casa Terezinha Andrade (foto abaixo) aposta que boa parte do conflito entre essas mulheres acontece por culpa da sogra. Do alto de seus 83 anos,
dona Terezinha ? categ?rica: "as sogras s?o muito chatas e implicantes"
,
alfineta.
Para ela, o que falta ? compreens?o. "As m?es precisam entender que os filhos
precisam do amparo de uma esposa (ou marido), elas j? est?o mais para l? do que
para c?, n?o v?o estar sempre ao lado deles para cuidar, zelar, enfim..."
. A
dona de casa conta que seus genros e nora s?o como filhos e ela n?o tem do que reclamar. "Nem tem como escolher um deles como favorito, eles s?o todos ?timos"
,
diz.
A vendedora Helen dos Santos Keller (foto abaixo de cabelos compridos) tamb?m n?o tem do que reclamar da sogra com quem convive h? sete anos. "N?s temos uma rela??o bem bacana, nos damos muito bem. Ela ? ?tima, muito tranq?ila, n?o ? de se meter na nossa vida nem demonstra ci?me demais dele"
, comenta.
Para a mo?a o grande mal dos relacionamentos entre essas duas mulheres que amam o mesmo homem ? o ci?me. "Muitas sogras acham que a nora veio para tomar o filho delas e isso acaba deixando o clima tenso entre elas"
.
O segredo
Casada h? tr?s anos, a vendedora Raquel Martins(foto abaixo) acredita
que a dist?ncia e o respeito ? individualidade do casal s?o fundamentais para que
essa pol?mica rela??o seja saud?vel. "O que eu acho o grande problema ? quando
a sogra se mete na vida do casal, a? n?o d? certo mesmo"
.
Raquel tem pouco contato com sua sogra porque ambas trabalham durante a semana e nos finais de semana, cada uma aproveita para descansar ? sua maneira. "Como
qualquer rela??o de conv?vio muito intenso, a tend?ncia ? que surjam conflitos. ?
assim entre o casal, entre pais e filhos, entre irm?o e com a sogra n?o seria diferente"
, explica. Por isso, a vendedora acredita que o relacionamento dela com sua sogra
funciona bem. "N?s nos falamos mais por telefone, nos tratamos bem e nos respeitamos. N?o tem porqu? ser diferente"
, acredita.
Tamb?m vendedora, Rose Mendes conta que sua hist?ria foi ainda
mais delicada. "Quando eu conheci o meu marido, ele acabava de sair de um outro
relacionamento e ela tinha as suas prefer?ncias"
. Rose teve que ter muito jogo de cintura para mostrar para a sogra que era capaz de fazer o filho dela feliz e
n?o foi nada f?cil. "Foi um in?cio de relacionamento tumultuado, mas ela foi
aceitando aos poucos, eu consegui mostrar para ela que eu era a melhor pessoa para
ele e a? as coisas foram se acertando"
, relembra.
Helen (foto ao lado) acredita que o grande segredo ? manter a personalidade e n?o forjar um personagem
s? para agradar a sogra porque isso n?o se sustentaria por muito tempo. "Eu acho
que a gente se d? bem porque eu sempre fui eu mesma, nunca simulei nenhum tipo de
situa??o, nunca dei presente s? para agradar e ela age da mesma maneira. Acho que
esse ? o grande segredo"
, afirma.
A experiente Terezinha acrescenta algo a mais nessa receita de sucesso. "O que
mais me cativa na minha nora ? jeito dela. Ela ? educada, delicada e faz meu filho
feliz. Isso ? o que mais me interessa"
, diz. Terezinha garante que nunca teve
ci?me do seu filho porque sabe que "ele est? em boas m?os"
.
Seja qual for a receita para o bom relacionamento, uma coisa ? certa: essas duas mulheres t?m que entender que o homem que "disputam" as ama com a mesma intensidade, o que muda ? a forma do amor. N?o h? como comparar as duas coisas, porque o sentimento pode ser o mesmo, mas a forma que ele se manifesta ? bem diferente e o marido-filho sabe bem a diferen?a entre essas manifesta?es.
*Marinella Souza ? estudante de Comunica??o Social da UFJF