SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A cerimônia para a leitura da carta pela democracia que será realizada na quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, contará com 15 oradores.
A abertura do evento ficará a cargo do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti. Em seguida, o microfone será passado para o professor da FGV Direito SP e colunista da Folha Oscar Vilhena Vieira, que representará o comitê que articulou o manifesto, e para o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga.
Vista do prédio da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, em São Paulo Eduardo Knapp - 08.ago.2022/Folhapress **** Na sequência, falarão Telma Aparecida, representando a CUT (Central Única dos Trabalhadores), Raimundo Bonfim, pela Frente Brasil Popular, e a advogada Beatriz Lourenço do Nascimento, coordenadora da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos.
O empresário Horácio Lafer Piva, da Klabin, o presidente do Sindbast (Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos de SP), Enilson Simões, a socióloga Neca Setúbal e a integrante da Frente Povo sem Medo Débora Lima se manifestarão na sequência.
A orientação passada aos convidados é de que não extrapolem o tempo de dois minutos com suas falas.
A apresentação da carta ainda será antecedida por manifestações da presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bruna Brelaz, e da presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Patricia Vanzolini.
O 14º orador listado é o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns, que capitaneará a leitura da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito".
O evento, então, será encerrado pelo diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, último orador previsto para a solenidade.
Como mostrou a coluna nesta quarta-feira (10), o ato pró-democracia no Largo de São Francisco será acompanhado por ao menos 200 jornalistas de veículos nacionais e internacionais.
O documento que será lido na faculdade não cita diretamente Jair Bolsonaro (PL), mas critica com contundência "ataques infundados" ao sistema eleitoral e ao "Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira".
Embora não seja mencionado, o próprio presidente entendeu que o texto é endereçado a ele e passou a fazer críticas ferozes, dizendo que a "cartinha" foi assinada por pessoas sem caráter, caras de pau e até mesmo por empresários "mamíferos".
A carta já teve a adesão de 858 mil pessoas até esta quarta (10).
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