PORTO ALEGRE E ESTEIO, RS (FOLHAPRESS) - O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) lamentou o ataque sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Em seguida, o presidente relembrou a facada da campanha de 2018 e ironizou tentativas de vinculá-lo ao episódio.

"Já mandei uma notinha. Eu lamento. Agora: quando eu tomei a facada, teve gente que vibrou por aí. Lamento. Já teve gente que tentou colocar na minha conta já esse problema. O agressor ali, ainda bem que não sabia mexer com arma. Se soubesse, teria sucesso no intento", disse Bolsonaro.

A nota citada pelo presidente, no entanto, não foi divulgada pelos canais de comunicação do Planalto até a publicação desta reportagem. O silêncio público de Bolsonaro, inclusive, foi alvo de críticas de um senador argentino em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

O mesmo senador descartou eventuais ligações entre o ataque a Cristina e o bolsonarismo. "Sabemos que Bolsonaro vem fazendo declarações contra o peronismo, mas daí a associar as atitudes do agressor ao bolsonarismo é precipitado e raso", disse Luis Naidenoff, da Unión Cívica Radical, da oposição ao governo de Alberto Fernández e Cristina.

A declaração de Bolsonaro foi dada nesta sexta-feira (2) a repórteres durante visita do presidente à Expointer, feira agropecuária em Esteio (RS). Ele deve ficar na cidade até este sábado (3).

O ataque sofrido por Cristina ocorreu na noite desta quinta-feira. Imagens mostram a ex-presidente sendo saudada por uma multidão de apoiadores ao sair do carro próximo a sua casa, no bairro da Recoleta, quando um homem se aproxima e atira com uma pistola a cerca de 1 metro do rosto dela.

O homem, identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, é um brasileiro de 35 anos com antecedentes criminais. O agressor usava touca e máscara, e teria saído correndo depois de tentar atirar, mas foi seguido por cinco pessoas e preso.


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