SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A coligação de centro-esquerda liderada pela premiê da Suécia, Magdalena Andersson, aparece ligeiramente à frente do bloco de oposição formado por partidos da direita e de extrema direita nas eleições legislativas realizadas neste domingo (11), segundo projeção de boca de urna. A votação deve marcar ainda o avanço de legenda nacionalista que defende políticas anti-imigração.

Pesquisa da emissora pública SVT mostra a coalização de Andersson com 49,8% dos votos, contra 49,2% dos partidos da oposição. A estreita vantagem deve garantir ao bloco de centro-esquerda a maioria absoluta no Parlamento com 176 cadeiras, contra 173 do bloco de direita e de extrema-direita.

A sondagem indica ainda crescimento expressivo do Democratas Suecos, partido ultradireitista e anti-imigração, que teria obtido 20,5% dos votos, contra 17,5% na eleição eleitor. O resultado deve tornar a legenda a segunda maior força política no Parlamento sueco, somente atrás do Partido Social Democrata (SPD, na sigla em inglês), da primeira-ministra Andersson, que teria conquistado 29,3% dos votos.

O Partido Social Democrata está no poder da Suécia há oito anos e busca o terceiro mandato consecutivo. Neste ano, porém, analistas afirmam que a campanha foi dominada por temas favoráveis à oposição de direita, como a alta da criminalidade, os problemas de integração social e o aumento do preço da energia.

Durante os debates os candidatos foram instados a aumentarem esforços para combater crimes cometidos por gangues, depois de um aumento do número de tiroteios que tem enervado eleitores. A inflação crescente e a crise de energia após a invasão da Ucrânia, em fevereiro deste ano, também estão no centro das discussões.

Numa tentativa de se reeleger, Andersson se aliou aos partidos verdes. "Votei por uma Suécia onde continuamos a desenvolver nossos pontos fortes. Nossa capacidade de enfrentar os problemas da sociedade juntos, formar um senso de comunidade e respeitar uns aos outros", disse a primeira-ministra depois de votar em um subúrbio de Estocolmo.

Andersson foi ministra das Finançasantes de se tornar, há um ano, a primeira mulher primeira-ministra da Suécia. Seu principal rival, o líder dos Moderados, Ulf Kristersson, era considerado o único candidato que poderia unir a direita para derrotar a coalização de esquerda no poder.

Nos últimos anos Kristersson estreitou laços com os Democratas Suecos. Inicialmente evitados por todos os outros partidos, a legenda anti-imigração e com supremacistas brancos entre seus fundadores agora faz cada vez mais parte da direita dominante.

"Independentemente do que aconteça esta noite, a coisa mais importante para mim, para nós, para todos os democratas suecos em todo o país, são os malditos 175 assentos para que possamos finalmente trazer uma mudança de poder e nossa política pró-Suécia", disse Akesson a apoiadores.

O grande derrotado das eleições deve ser o Partido Moderado que, segundo projeções, angariou entre 16% e 18,8% dos votos. O resultado deve fazer a legenda cair para terceira força política do país, perdendo o status de principal força da oposição.


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