SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em um dos discursos mais críticos na atual sessão da Assembleia-Geral da ONU até aqui, o recém-empossado presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse que a comunidade internacional não se interessa por seu país.
"A não ser que seja para levar veneno de nossas florestas, prender nossos homens e relegar nossas mulheres à exclusão", emendou o primeiro líder de esquerda da nação latino-americana.
Com discurso recheado de metáforas, Petro afirmou que o modelo de guerra às drogas fracassou. "Apenas produziu um genocídio no meu continente e condenou à prisão milhares de pessoas para ocultar a culpa do poder mundial", seguiu. "Querem menos drogas? Pensem em menos ganância."
O colombiano alegou que, com a continuidade do modelo atual, o resultado serão mais jovens mortos por overdose de substâncias muitas vezes produzidas no Sul Global e vendidas no Norte e ainda mais encarceramento de negros e negras, demarcando a preocupação com o racismo estrutural que marcou sua campanha.
Petro falou ainda sobre a floresta Amazônica e defendeu a preservação ambiental. "Parece não importar que os cientistas nos digam que a floresta é um dos maiores pilares climáticos."
Como fez o chileno Gabriel Boric, que discursou pouco antes, o colombiano pediu união da América Latina e que a região não sucumba a pressões internacionais.
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