SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nove foguetes atingiram a zona verde da capital do Iraque pouco antes uma sessão do Parlamento em que o novo presidente seria eleito, numa tentativa de encerrar a crise política do país, nesta quinta (13).
Ao menos dez pessoas ficaram feridas. Várias delas eram forças de segurança que protegiam a área, que abriga prédios do governo e embaixadas estrangeiras.
Ataques semelhantes aconteceram no mês passado, no momento em que a casa realizava uma votação para confirmar seu orador.
Até agora, ninguém reivindicou responsabilidade pelo ato. Bombardeios têm ocorrido com regularidade na área nos últimos anos, mas eles em geral têm como alvos ocidentais, e são lançados por milícias apoiadas pelo Irã.
A votação desta terça acontece após um impasse político de um ano, iniciado com a eleição do partido do clérigo xiita muçulmano Moqtada al-Sadr.
Uma das únicas pessoas no Iraque --além do aiatolá Ali al-Sistani, grande autoridade religiosa xiita-- capaz de mobilizar grandes massas, ele não consegue montar um governo, no entanto. O anúncio de que ele sairia da política provocou uma das maiores cenas de violência recentes em Bagdá, com seus apoiadores invadindo o palácio do governo e lutando contra grupos xiitas rivais, a maior parte deles financiada pelo Irã.
O Parlamento se reuniu logo depois do ataque. A presidência é um posto sobretudo simbólico, mas seu voto é um importante passo para o processo político. Isso porque é ele que convida um representante do maior bloco parlamentar para formar um governo.
Em um sistema de divisão de poderes planejado de modo a evitar conflitos sectários, o presidente do Iraque é curdo, o primeiro-ministro, xiita, e o orador do Parlamento, sunita. Desacordos entre os maiores partidos curdos que administram a região semiautônoma do Curdistão no norte do Iraque têm impedido a escolha de um presidente.
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