SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após passar quase quatro anos colocando Israel como um parceiro prioritário, dada a ligação de sua base evangélica com o Estado judeu, Jair Bolsonaro (PL) viu sua margem de vitória no segundo turno diminuir em Tel Aviv, em comparação com a votação de 2018. Ele, que teve 77,3% naquele ano contra Fernando Haddad (PT), agora marcou 53,4% (405 votos). Lula (PT) teve 46% (405 votos). Já em Ramallah, capital da Autoridade Nacional Palestina, o petista confirmou o favoritismo dado a ligação histórica do PT com a causa da região. Ele teve 90,5% (584 votos) contra 9,5% (61 votos) do rival.
No começo de seu mandato, Bolsonaro ensaiou inclusive mover a embaixada brasileira para Jerusalém, uma admissão implícita do reconhecimento da cidade disputada como capital de Israel, mas acabou só abrindo um escritório. A pressão do agronegócio, outra base de apoio, falou mais alto: o Brasil tem em países árabes rivais de Israel grandes parceiros.
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