SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Principal conselheiro do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a política externa, o ex-chanceler Celso Amorim afirma que o futuro ministro da área poderá ser alguém de fora da carreira diplomática.

"O mais importante, neste momento crítico para o país, é que seja alguém que entenda de Relações Internacionais, tenha competência e a confiança do presidente. Pode ser da carreira ou de fora, isso não é o mais importante", afirmou ele, que ressalvou que o tema ainda não foi discutido internamente com Lula.

Caso nomeie um chanceler que não seja de carreira, o presidente eleito quebrará uma tradição que ele próprio instituiu e apregoava como sinal de respeito ao Itamaraty.

Em seus dois governos, Lula contou com o próprio Amorim como ministro. Já Dilma Rousseff (PT) teve três chanceleres: Antonio Patriota, Luiz Alberto Figueiredo e Mauro Vieira, todos diplomatas de carreira.

Diversos nomes que não são diplomatas têm sido citados para o Itamaraty no terceiro mandato de Lula, como Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Marina Silva.

"Há pessoas que não são diplomatas e desempenham funções muito importantes", afirma Amorim, que também é cotado para voltar ao cargo.


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