SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os cerca de 1.500 peixes do aquário que explodiu nesta sexta-feira (16) em Berlim estão mortos, segundo autoridades alemãs.

Agora, bombeiros e funcionários do complexo de lazer onde a estrutura ficava tentam salvar outros 500 peixes menores que estão alojados em aquários sob o saguão do hotel. Isso porque a explosão afetou a energia do edifício, e a falta de eletricidade interrompeu o fornecimento de oxigênio necessário para a sobrevivência dos animais.

"Trata-se de retirá-los rapidamente", disse Almut Neumann, funcionário municipal responsável pelas questões ambientais do distrito de Mitte, em Berlim, à agência de notícias alemã dpa. Várias organizações, incluindo o zoológico da cidade, se ofereceram para receber os peixes sobreviventes.

Segundo a prefeita de Berlim, Franziska Giffey, muitas pessoas morreriam se o complexo estivesse lotado, como a estrutura costuma ficar quando está aberta à visitação. "Se isso não tivesse acontecido às 5h45 [1h45, em Brasília], mas apenas uma hora depois, provavelmente teríamos perdas humanas terríveis para relatar", disse Giffey, conforme a emissora RBB.

A explosão aconteceu em um complexo de lazer que abriga hotel, museu, lojas e restaurantes. O AquaDom é o maior aquário cilíndrico independente do mundo, com 16 metros de altura, segundo a empresa responsável por administrar a estrutura.

À agência de notícias Associated Press, Sandra Weeser, uma legisladora alemã que estava hospedada no hotel, disse que foi acordada por um grande estrondo semelhante ao de um terremoto. "Há cacos (de vidro) por toda parte. Tudo foi inundado com água, inclusive os móveis", disse ela. "Parece uma zona de guerra."

Já Iva Yudinski, uma turista de Israel que estava hospedada no hotel, disse que ficou chocada com o incidente. "Ontem assistimos e ficamos tão maravilhados com sua beleza", disse ela. "De repente, tudo se foi. Está tudo uma bagunça, uma bagunça total."

Segundo a polícia de Berlim, duas pessoas ficaram feridas pelos estilhaços após a explosão.

A causa do incidente ainda é desconhecida, mas uma das suspeitas das autoridades é de que as baixas temperaturas tenham provocado rachaduras na estrutura, que acabou cedendo à pressão das mil toneladas de água.

O AquaDom foi fechado para reformas em outubro de 2019. Devido à Covid, seguiu fechado por quase três anos, até junho deste ano. Segundo a empresa que o administra, o aquário abriga espécies que vão de peixes-palhaços, como o do filme "Procurando Nemo", a cavalos-marinhos, águas-vivas e arraias.


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