SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Cinco pessoas morreram e uma outra ficou ferida neste domingo (18) à noite, quando um atirador abriu fogo em um prédio residencial nos subúrbios de Toronto, informou a polícia.
O suspeito, de 73 anos, que supostamente agiu sozinho, morreu após uma troca de tiros com as autoridades, disse o chefe da polícia local, Jim MacSween.
Chegando ao local, a polícia se deparou com "uma cena horrível, com várias vítimas mortas", acrescentou MacSween.
As vítimas foram encontradas em diferentes apartamentos do prédio, localizado em Vaughan, cerca de 30 quilômetros ao norte de Toronto. O sobrevivente do atentado foi levado para o hospital em estado grave.
As autoridades investigam a motivação e se existia alguma ligação entre as vítimas e o suspeito, que não teve o nome revelado.
Os moradores foram imediatamente retirados dos apartamentos e dezenas de ambulâncias e policiais correram para o local durante a noite, segundo a mídia canadense. Em seguida, a polícia liberou a volta dos residentes para as suas casas.
Com uma legislação mais restritiva que a dos Estados Unidos, o Canadá tem uma taxa de homicídios por armas de fogo que corresponde a menos de um quinto da do vizinho. Mas o índice é maior do que o de outros países ricos e vem aumentando. Em 2020, foi cinco vezes mais alto que o da Austrália, por exemplo.
Em abril de 2020, um atirador disfarçado de policial matou 22 pessoas na província de Nova Escócia, o pior atentado em massa com arma de fogo no Canadá. Em setembro deste ano, um homem matou 11 pessoas e esfaqueou outras 18, a maioria em uma comunidade indígena isolada em Saskatchewan.
Segundo a agência governamental de estatísticas, o número de crimes violentos envolvendo armas de fogo no Canadá correspondeu a menos de 3% do total. Mas desde 2009 a taxa per capita de armas sendo apontadas para alguém quase triplicou, e o índice de disparos com intenção de matar ou ferir quintuplicou.
O Canadá proibiu 1.500 tipos de armas de fogo de uso militar ou de assalto em maio de 2020, alguns dias após o tiroteio na Nova Escócia. Em outubro deste ano o governo proibiu por decreto a compra, venda e transferência de armas no país.
A medida antecede um pacote de leis que pretende implementar o maior controle de armas no país em quatro décadas, parte de um "amplo plano estatal para responder à violência armada", segundo uma nota do governo.
De acordo com o governo, o objetivo do decreto de agora é "manter os canadenses a salvo" enquanto a legislação é debatida no Parlamento.
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