SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Marinha da Colômbia interceptou uma embarcação semissubmersível ilegal com mais de duas toneladas de cocaína refinada neste domingo (12).

A informação foi dada pelo próprio órgão em comunicado à imprensa. Segundo o texto, as toneladas de cocaína correspondem a seis milhões de doses, e valeriam cerca de US$ 87 milhões (cerca de R$ 455 milhões), agora "impedidos de ingressar nas estruturas financeiras das organizações de narcotráfico". A mercadoria tinha como destino a América Central.

Além das drogas, as autoridades ainda encontraram no barco ?que, híbrido, fica com a parte inferior escondida debaixo d'água? duas pessoas mortas e outros dois indivíduos com saúde precária, que foram encaminhados para atendimento médico. Suspeita-se que houve um acidente no local, causado pelos gases tóxicos do combustível.

Todas as vítimas foram levadas a Tumaco, no departamento de Nariño, no sudoeste do país.

Relatório mais recente do Escritório sobre Drogas e Crime da ONU (UNODC, na sigla em inglês) afirma que a Colômbia é, ao lado do Peru e da Bolívia, responsável por praticamente todo o cultivo de folha de coca no mundo.

O cultivo de coca e o tráfico de cocaína também foram instrumentais para o crescimento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país ?por mais que o grupo tenha se comprometido a deixar de lidar com drogas em 2016, por ocasião de um tratado de paz com o governo, dissidentes do acordo e outras organizações paramilitares continuam administrando o narcotráfico local.

O governo colombiano anunciou que iniciará nesta terça-feira (14) negociações com os dissidentes dos acordos das Farc, que hoje somam quase 2.000 guerrilheiros. Uma das principais propostas do atual presidente do país, Gustavo Petro, é a "paz total", que implica negociar com os grupos armados restantes para tentar acabar com a violência endêmica na nação sul-americana.


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